O governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel, pretende lançar uma consulta popular com o objetivo de ouvir moradores da Região Metropolitana de Belo Horizonte sobre quais regiões devem receber os novos trechos do metrô; consulta pode ser feita em um prazo de três a seis meses; gestão do petista tem praticado uma série de ações que reforçam a tônica anunciada para sua administração: governar com a participação popular
21 DE JANEIRO DE 2015 ÀS 11:27
Minas 247 - O governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel (PT), propõe lançar uma consulta popular com o objetivo de ouvir moradores da Região Metropolitana de Belo Horizonte sobre quais regiões devem receber os novos trechos do metrô. A consulta, de acordo com o governo estadual, pode ser feita em um prazo de três a seis meses.
De acordo com a assessoria de Pimentel, está marcada para fevereiro uma reunião sobre o tema entre representantes do governo mineiro e do Ministério das Cidades, responsável pelos investimentos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) – Mobilidade Grandes Cidades.
Com a proposta de ouvir a população, mote anunciado na campanha, é possível que a gestão do petista tenha que buscar uma nova fonte de recursos para reiniciar o processo de ampliação das linhas de metrô.
Além das duas novas linhas – Savassi/Lagoinha e Barreiro/Nova Suíça - no projeto de ampliação que havia sido aprovado pelo Ministério das Cidades está prevista a implantação de 11 terminais de ônibus que fariam a integração de cidades da região metropolitana de BH com o Centro da capital. São três em Contagem, dois em Santa Luzia, dois em Ribeirão da Neves e um em cada um dos municípios de Ibirité, Sabará, Vespasiano e Sarzedo.
Em relação ao cronograma inicial para Belo Horizonte, as obras estavam previstas para começar no início de 2013, mas até o momento os únicos avanços aconteceram na elaboração dos projetos executivos.
As obras
A proposta de expansão do metrô de Belo Horizonte foi incluída no início de 2012 na lista das selecionadas para o PAC. O governo federal reservou um montante de R$ 3,1 bilhões para a obra, sendo R$ 1 bilhão da União, R$ 1,2 bilhão o governo estadual e da prefeitura, e cerca de R$ 900 milhões, da iniciativa privada.
O pontapé inicial para a obra ocorreu em abril de 2013, quando a presidente Dilma Rousseff e o então governador Antonio Anastasia (PSDB) assinaram a transferência de R$ 60 milhões para os cofres estaduais, dinheiro que foi gasto na elaboração dos projetos executivos. O prefeito de Belo Horizonte, Marcio Lacerda, tinha iniciado o processo, em 2012, com mais de 150 perfurações em vários quarteirões do centro da capital para levantar as características do solo que receberia uma das novas linhas.
No ano passado, foram apresentados os primeiros projetos executivos para a construção do trecho de 4,5 quilômetros, entre a Região da Savassi e a Estação Lagoinha. O projeto foi enviado ao Ministério das Cidades e à Caixa Econômica Federal, mas a equipe técnica da pasta apontou falhas técnicas e devolveu a proposta ao governo mineiro - comandado pelo tucano.
Veja, agora, os projetos aprovados no PAC – Mobilidade Grandes Cidades, conforme o próprio ministério, e que podem ser revisados pelo governo de Minas:
Linha 1 (Eldorado/Vilarinho)
- Construção de um novo trecho de 1,8km da estação Eldorado até a nova estação Novo Eldorado
- Construção de duas estações: Novo Eldorado e Nova Suíça
- Revitalização dos 28,2km da linha
- Reforma no pátio de manutenção São Gabriel
- Elaboração de estudos para a ampliação até Betim
Linha 2 (Barreiro/Nova Suíça)
- Implantação do trecho de 7km entre Barreiro e Nova Suíça
- Construção de sete estações
- Obras de arte especiais: viadutos ferroviários e rodoviários
- Construção de uma oficina de apoio
Linha 3 (Savassi/Lagoinha)
- Implantação do trecho de 4,5km entre Savassi/Lagoinha via Rua Pernambuco
- Construção de quatro estações subterrâneas
- Ampliação da Estação Lagoinha
- Centro de Manutenção (futura estação Senai)
- Aquisição de veículos
Nenhum comentário:
Postar um comentário