terça-feira, 29 de dezembro de 2015

Preço acessível e variedade atraem população à Feira da Reforma Agrária em Maceió/AL



Publicado dia 15/12/2015
 
Variedade de produtos e preço acessível garantiram o bom desempenho da Feira da Reforma Agrária, promovida pelo Movimento de Libertação dos Sem Terra (MLST), em seu sétimo ano, em Maceió (AL). Os organizadores comercializaram entre os dias 9 e 12 de dezembro cerca de 90 toneladas de alimentos. A feira contou com 110 barracas montadas na Praça da Faculdade, na capital alagoana. 
 
Os produtos eram variados, pois além de frutas e hortaliças, foram vendidos cereais, tubérculos, raízes e seus derivados, como a farinha de mandioca e os quitutes feitos a partir dela, em especial o beiju e o pé de moleque. Biscoitos e doces eram vistos nas barracas. As aves também foram muito procuradas pelos consumidores, como a galinha comum e a guiné (d'angola).
 
A feira atraiu pessoas de vários bairros da capital de Alagoas, a exemplo de Lenice Moraes, que veio do Pontal da Barra. Ela comprou manga e melancia, além de levar também três galinhas caipiras. “Acho muito importante a realização dessas feiras, pois esses trabalhadores têm a oportunidade de vender seus produtos a um preço bom para o comprador e para eles, como mais uma fonte de renda”, explica a professora, que participa de todas as feiras realizadas por movimentos sociais no bairro do Prado.
 
Os agricultores/feirantes vieram de diferentes regiões do estado, tanto de assentamentos como de acampamentos. Da Zona da Mata, chegaram produtos dos municípios de Flexeiras, São Luís do Quitundes, Joaquim Gomes, União dos Palmares, Murici e Messias. Do Litoral Norte, os municípios de Japaratinga e Maragogi contribuíram com a venda de produtos. Taquarana, Jacaré dos Homens, Batalha e Delmiro representaram o Agreste e o Sertão alagoanos.
 
Atrações culturais
A feira, que esse ano trouxe o lema “Uma comercialização solidária com preço justo”, também teve programação cultural para os vendedores e o público da capital. Artistas se apresentam desde o primeiro dia, sendo que a abertura foi feita por Micheline Encanta e Guilla Gomes. Na noite seguinte, se apresentaram Mora na Filosofia, Samba na Ladeira, Igbonan Rocha e Samba de Nêgo. O encerramento da programação ocorre na noite desta sexta-feira (penúltimo dia da feira), e teve como atrações Beach Beatles Rock Banda, Zé Linaldo e Bruno Hitan.
 
A superintendente do Incra, Lenilda Lima, participou da abertura da feira e defendeu o apoio da autarquia e de outras instituições públicas ao evento. “Devemos fazer mais, porque esse momento representa muito, tem um simbolismo e uma tradição”, afirmou Lenilda. Ela enfatizou que os investimentos do Incra em créditos e assistência técnica têm na comercialização uma de suas prioridades.
 
Djalma Pedro dos Santos, um dos coordenadores do MLST no estado, também destacou que, por conta das inúmeras feiras já realizadas sempre no mesmo local, o evento se tornou tradicional. “É um marco, uma tradição, principalmente porque a Praça da Faculdade já é uma referência da história e da luta desses trabalhadores”, argumentou. Ele cobrou mais apoio dos órgãos públicos e disse que, por não terem acesso a tanta tecnologia, o resultado da feira já é uma conquista.
 
Acampado à espera de um lote na fazenda Flor da Serra, em Joaquim Gomes, o líder sem-terra também já produz antes mesmo de assentar. E comercializa. Em um pedaço de terra provisório tem criação de animais diversos, como: porco, boi e galinha. Em alguns açudes que construiu, também cria peixe. “Mamão, maracujá e couve são outras culturas que eu produzo e comercializo”, disse Djalma  Santos.
 
Assessoria de Comunicação Social do Incra/AL
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