quinta-feira, 10 de dezembro de 2015

“Quero lutar para que os jovens tenham mais oportunidades”


ASSISTÊNCIA SOCIAL

Com 13 anos de idade, Victor Gustavo Horst Lima é o delegado mais novo da 10ª Conferência Nacional de Assistência Social
Publicado10/12/2015 18h22
Foto: Ana Nascimento/MDS
Brasília – “O Suas [Sistema Único de Assistência Social] é uma política que resgata as pessoas, que transforma vidas”, afirma Victor Gustavo Horst Lima. Com apenas 13 anos de idade, ele foi eleito para representar os usuários da assistência social do Paraná na 10ª Conferência Nacional de Assistência Social, que encerra nesta quinta-feira (10). Ele diz que essa é a primeira vez que participa de um debate tão importante. “É uma surpresa ver tanta gente interessada em melhorar a vida das pessoas. Mostra que o povo quer fazer a diferença.” 
Com 10 anos, Victor foi levado por um amigo para participar do projeto social Vida em Ação, na Associação Família de Maria, em Curitiba. Para ele, o projeto mudou sua vida, passando das notas baixas e das brincadeiras de rua para um ótimo desempenho escolar e a prática de esportes. “Faço taekwondo, capoeira e futebol, além de ter reforço escolar. Tudo no contraturno da escola.” 
Ter uma vida humilde não impede o jovem de querer lutar por mais oportunidades para as crianças e adolescentes. E foi isso que o motivou a participar da Pré Conferência de Assistência Social em seu município. De lá, foi ganhando espaço até chegar à Conferência Nacional. “Quero lutar para que os adolescentes tenham oportunidades. Todos os jovens devem participar de um projeto social.” 
Durante a 10ª Conferência Nacional, ele propôs que os adolescentes devem ter apoio contra o preconceito, a discriminação, o abandono e os maus tratos. “Se restringir somente ao preconceito e à discriminação, como era antes, as pessoas vão achar que deve ser feito só aquilo e pronto. Mas nós temos que mostrar a realidade e lutar por muito mais.” 
Outra proposta de Victor é a extensão do tempo de funcionamento dos Centros de Referência da Assistência Social (Cras). “Muitos funcionam somente meio período e isso atrapalha o atendimento aos jovens”, diz. Ele acredita que as unidades também devem oferecer mais atividades esportivas e outros atrativos para crianças e adolescentes. 
Além dos jovens, Victor também vê que os indígenas e quilombolas precisam de mais visibilidade. “Aprendi muito aqui na Conferência. E vou voltar para casa com a ideia de criar um projeto para ajudar esses povos também”, conta. Engajado, o adolescente sonha em assumir um cargo público quando estiver adulto. “Quero ajudar as pessoas.” 
O apoio da família é muito importante nas conquistas de jovem. “Meus pais sempre falam que essa é uma oportunidade única e por isso tenho que aproveitar para fazer o melhor que posso”, afirma. Assim como seu irmão, Victor quer começar o ano de 2016 como menor aprendiz. “Meu irmão fez o curso de mecânica básica e agora está fazendo entrevistas para conseguir um emprego. Também quero me qualificar e começar a trabalhar logo.” 
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