sexta-feira, 1 de janeiro de 2016

NOVOS SONHOS, CONTINUAR NO CAMPO E TER A SUA TERRA

Foto:Rony Sousa/MDA
Agricultores pretendem ampliar produção e comprar a sua terra em 2016
São muitos os planos para o ano que se inicia. O maior sonho do jovem casal de agricultores familiares Mariana Maria de Jesus, 26 anos e Douglas Samuel de Jesus, 32, é conquistar a própria terra. Moradores do Assentamento Betinho, no município de Brazlândia, entorno de Brasília, eles vivem da produção do morango, cultivo tradicional nessa região.
Brazlândia é a maior região produtora de morango do Centro-Oeste, isso faz com que o casal queira se manter no ramo. “Cada ano é melhor do que o outro. Esse ano nós nem íamos plantar, mas nos surpreendemos. Estamos em dezembro, e até hoje colhemos e vendemos morango. Nessa época não era para estarmos colhendo quase nada e estamos conseguindo de 100 a 120 caixas”, conta Mariana.
Casados há dois anos, os agricultores arrendaram parte da propriedade da mãe de Mariana e vivem da plantação da fruta, que aquece os mercados do Centro-Oeste de julho a novembro. “Agora estamos com planos para comprar nossa terra e a gente mesmo aumentar nossa produção. Vamos fazer nosso projeto para conseguir um Pronaf e investir mais no morango”, destaca a agricultora.
O ano de 2015 foi produtivo, segundo Douglas. Eles comercializaram aproximadamente 12 mil caixas, com quatro bandejas de morango em cada. “O auge da nossa colheita começou em setembro. Chegamos a produzir 265 caixas, em uma colheita, e normalmente fazíamos 150 caixas a cada colheita, duas vezes por semana. Ficamos surpresos, porque veio pouca chuva essa época e conseguimos fazer três colheitas por semana, e ainda vendemos por um preço maior”, explica o agricultor que, juntamente com a esposa, cultiva 12 mil mudas de morango.
Mas na propriedade de cinco hectares - onde vivem o pai, a mãe e oito irmãos de Mariana, ainda há a produção do restante da família, com aproximadamente a mesma quantidade de mudas.
O ofício da família sempre foi em plantações de morango, mas há alguns anos eles trabalhavam em propriedades de terceiros. Até que dona Noilde de Jesus, mãe de Mariana, tomou a decisão de procurar a Empresa Brasileira de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater/DF) para saber como poderia estruturar sua propriedade.
Ela acessou o Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar, o Pronaf Mulher, e pegou R$ 5 mil para dar início a sua própria plantação de morangos. Foi quando as coisas começaram a deslanchar para a família. E dona Noilde até chegou a pegar outros créditos rurais para comprar uma picape que hoje usa para transportar a produção para as feiras.

Tássia Navarro
Ascom/MDA
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