domingo, 7 de julho de 2013

América Latina lança o Banco do Sul para fazer frente ao FMI



RT
Adital
30 jun 2013

Corbis
Tradução: ADITAL
A América Latina continua seu processo de integração regional ao mesmo tempo em que constrói uma alternativa ao sistema econômico vigente em âmbito mundial, e o Banco do Sul constitui o último passo desse empreendimento, opinam especialistas.
Essa instituição bancária "é o resultado lógico em um continente que quer romper com a dependência do Fundo Monetário Internacional (FMI), responsável pelos planos de ajuste desde os anos 70, que condenaram os povos latino-americanos à miséria”, disse o professor de Ciência Política, Juan Carlos Monedero, citado pelo diário digital ‘Publico.es’.
Fundado em 2007, o Banco espera completar um fundo de 20 bilhões de dólares e, "no primeiro semestre de 2014, estará em funcionamento com os primeiros países membros associados, que são: Argentina, Uruguai, Venezuela, Bolívia, Equador e Brasil”, anunciou recentemente o chanceler venezuelano Elías Jaua.
O Banco do Sul é um passo a mais para a vinculação soberana da região frente à Europa, onde o BCE converteu-se em um espaço dos lobbies alemães
Esse novo organismo sul-americano, que celebrou seu primeiro Conselho de Ministros no passado 12 de junho de 2013, em Caracas, apresenta uma proposta diferente ao sistema vigente em âmbito mundial, com entidades reitoras, como o FMI, o Banco Mundial e o Banco Interamericano de Desenvolvimento.
O Banco do Sul tem como elementos característicos o direito a um voto para cada país membro, independentemente do montante dos recursos aportados ao capital inicial.
Dessa forma, estabelece diferenças com o FMI, onde os votos estão associados ao volume de recursos de seus integrantes, situação que facilita aos Estados Unidos e às superpotências europeias a definição das linhas da entidade multilateral.
Além disso, os créditos estão isentos de condicionamentos característicos estabelecidos pelo FMI para a aprovação de financiamento.
A criação do "Banco do Sul é um passo a mais na vinculação soberana da região frente à Europa, onde o Banco Central Europeu (BCE) converteu-se em um espaço dos lobbies alemães, que tem impedido aos países ter autonomia em sua política econômica; carecer de política monetária”, assegura o professor de Ciência Política Pablo Iglesias, citado pelo portal espanhol.
Enquanto o professor de Economia Política da Universidade de Málaga, Alberto Montero, destaca que "superar os ajustes neoliberais do FMI e do Banco Mundial era uma exigência para reinventar o continente” americano. "Por isso, eles [América Latina] crescem e a União Europeia afunda. Não estaria nada mal que a Espanha pertencesse ao Banco do Sul, juntamente com a Grécia e Portugal”, agregou.
Apesar de que "o Banco do Sul nunca poderá alcançar os recursos monetários do FMI (...), trata-se de começar a articular instituições financeiras que, a partir da humildade e da modéstia, sejam uma alternativa às instituições convencionais”, finalizou Montero.
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