Emilly Sousa
Adital
No dia em que a Chacina da Candelária completa 20 anos, uma carta escrita pelo único sobrevivente vivo do massacre, Wagner dos Santos, foi divulgada nas redes sociais. A carta, além de retratar um pouco do que aconteceu na noite do dia 23 de julho de 1993, também é um pedido às autoridades brasileiras para que pensem sobre a repetição constante de atos de violência policial no Brasil.
Na época, Wagner tinha 20 anos e foi um dos jovens atacados a tiros pelos policiais militares. Ele conta que foi levado de carro pelos PMs e só sobreviveu porque se fingiu de morto. No ano seguinte, sofreu um segundo ataque, do qual os autores até hoje não são conhecidos. Atualmente ele sofre perdas parciais dos movimentos do rosto e aguarda a última cirurgia reparadora facial e afirma que não recebeu, até o momento, nenhum tipo de indenização do Estado. Hoje ele vive sozinho em Genebra, na Suiça.
O sobrevivente se ressente da discriminação que sofreu no julgamento do caso e da falta de políticas públicas para os jovens pobres e negros, e, apesar de não acreditar que o Brasil possa se transformar em um país voltado para a população mais necessitada, ele pede para que os governantes acabem com as chacinas que ainda ocorrem com moradores de rua em vários locais do país, pois, somente desta forma ele poderá se tornar uma democracia.
O caso
A Chacina da Candelária é considerada um dos piores crimes cometidos contra os Direitos Humanos. Em 23 de julho de 1993, cerca de 50 crianças e adolescentes que dormiam nas proximidades da Igreja da Candelária, no Rio de Janeiro, foram surpreendidas por uma ação de extermínio da polícia carioca. Oito crianças morreram e outras dezenas ficaram feridas. Nos anos seguintes, três sobreviventes morreram em confrontos com a polícia: Fábio Gomes de Azevedo, em 1996, e Sandro Barbosa do Nascimento e Elizabeth Cristina de Oliveira Maia, em 2000. A principal testemunha do caso, Wagner dos Santos, sofreu tentativa de assassinato em 1994 e atualmente vive na Suíça. Os motivos dessa ação até hoje não são conhecidos e as famílias das vítimas ainda esperam uma justiça efetiva contra os policiais acusados, que atualmente estão soltos.
Na época, Wagner tinha 20 anos e foi um dos jovens atacados a tiros pelos policiais militares. Ele conta que foi levado de carro pelos PMs e só sobreviveu porque se fingiu de morto. No ano seguinte, sofreu um segundo ataque, do qual os autores até hoje não são conhecidos. Atualmente ele sofre perdas parciais dos movimentos do rosto e aguarda a última cirurgia reparadora facial e afirma que não recebeu, até o momento, nenhum tipo de indenização do Estado. Hoje ele vive sozinho em Genebra, na Suiça.
O sobrevivente se ressente da discriminação que sofreu no julgamento do caso e da falta de políticas públicas para os jovens pobres e negros, e, apesar de não acreditar que o Brasil possa se transformar em um país voltado para a população mais necessitada, ele pede para que os governantes acabem com as chacinas que ainda ocorrem com moradores de rua em vários locais do país, pois, somente desta forma ele poderá se tornar uma democracia.
O caso
A Chacina da Candelária é considerada um dos piores crimes cometidos contra os Direitos Humanos. Em 23 de julho de 1993, cerca de 50 crianças e adolescentes que dormiam nas proximidades da Igreja da Candelária, no Rio de Janeiro, foram surpreendidas por uma ação de extermínio da polícia carioca. Oito crianças morreram e outras dezenas ficaram feridas. Nos anos seguintes, três sobreviventes morreram em confrontos com a polícia: Fábio Gomes de Azevedo, em 1996, e Sandro Barbosa do Nascimento e Elizabeth Cristina de Oliveira Maia, em 2000. A principal testemunha do caso, Wagner dos Santos, sofreu tentativa de assassinato em 1994 e atualmente vive na Suíça. Os motivos dessa ação até hoje não são conhecidos e as famílias das vítimas ainda esperam uma justiça efetiva contra os policiais acusados, que atualmente estão soltos.
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