quarta-feira, 17 de julho de 2013

Dilma reforça importância dos pactos e afirma que inflação está em queda e ficará dentro da meta

Posted: 17 Jul 2013 07:13 AM PDT
Presidenta Dilma Rousseff durante a 41ª Reunião Ordinária do Pleno do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, no Palácio Itamaraty. Foto: Roberto Stuckert Filho/PR
A presidenta Dilma Rousseff afirmou nesta quarta-feira (17), durante a 41ª Reunião Ordinária do Pleno do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES), no Itamaraty, em Brasília, que a luta da população por mais direitos é algo que honra o país e que seu dever, como governante, é transformar essas demandas em ações práticas de governo. Segundo ela, nas manifestações as pessoas pediram mais direitos, democracia e conquistas sociais.
Os cinco pactos propostos pela presidenta foram debatidos na reunião – estabilidade, mobilidade urbana, educação, saúde e reforma política. No campo econômico, Dilma afirmou que a taxa de inflação vem caindo de maneira consistente nos últimos meses e vai fechar o ano dentro da meta, que é de 4,5%, podendo variar dois pontos percentuais para mais ou para menos.
Estabilidade
“Aproveito aqui para repelir as posturas pessimistas quanto à economia brasileira hoje e num futuro próximo. Há dados concretos que desmentem as análises mais negativas. Hoje, nós temos, estruturalmente, melhores condições na nossa economia do que tivemos em anos passados (…). O IPCA de maio (0,37%) foi menor que o IPCA de abril. O de junho menor que o de maio. E, em julho, deverá ser menor que o de junho e muito próximo de zero. (…) Nós temos certeza que vamos fechar o ano com a inflação dentro da meta. (…) Nós temos certeza que vamos fechar o ano com a inflação dentro da meta”, disse a presidente.
Mobilidade
“Desde o início do meu governo, nós apoiamos os governos estaduais e municipais na realização de vultosos investimentos nos sistemas de transporte coletivo. Até junho desse ano, nós havíamos autorizado já 192 projetos de mobilidade urbana na área de transporte de massa, em 100 cidades de médio e grande porte, com um investimento de R$ 89 bilhões. Eu anunciei, quando lancei o pacto, que o governo federal estaria disposto a colocar mais R$ 50 bilhões para obras de transporte coletivo nas cidades brasileiras. (…) Nós estamos convocando uma reunião ampla, uma reunião com todos aqueles, os prefeitos, os governadores, os movimentos sociais, a Frente Nacional de Prefeitos, o Fórum Nacional de Secretários de Transporte, setores da academia, prestadores de serviço de transportes, trabalhadores do setor, enfim, uma ampla reunião e na pauta está a planilha de cálculo das tarifas”.
Educação
“Não existe jeito de o Brasil virar uma nação desenvolvida se não for através da educação. Isso nós temos absoluta certeza. (…) Por isso eu defendi a bandeira, que é dos senhores também, que parecia impossível, que é o uso do royalties, todos os royalties, para a educação. (…) Precisamos usa-los de forma a beneficiar as gerações presente e futura. (…) Esse momento político pode tornar realidade, seguramente, um dos maiores legados que o meu governo pode dar às futuras gerações. (…) Nós temos certeza que não há desenvolvimento sustentável no Brasil, não há redução de custos, melhoria do nosso valor agregado, melhoria da nossa competitividade, dignidade para nossa população se nós não tivermos uma educação de qualidade. Creche, alfabetização na idade certa, escola em tempo integral, acesso à educação, cientistas, tecnólogos, inovação, cursos no exterior como o Ciência Sem Fronteiras, tudo isso necessita de professores mais preparados e bem remunerados, qualidade e mais investimento. (…) Ninguém fará a transformação que esse país precisa sem investir em gastos com a educação”.
Saúde
“A questão do pacto pela saúde pública, em todas as suas vertentes, é uma tarefa inadiável. E nós todos sabemos disso. (…) Combater a desigualdade tem a vez com uma política de equanimidade. Não é possível que o Brasil tenha 700 municípios sem ter um médico. Não é possível que mais de 1,5 mil municípios tenham menos de um médico. Eu considero que não há essa escolha de Sofia entre infraestrutura e médicos. Um país como o nosso tem que ser capaz de enfrentar os dois desafios. Agora, nós todos sabemos que não basta ter um posto de saúde aberto se lá dentro não estiver um médico”.
Reforma política

“É fundamental que nós tenhamos como base da reforma política a consulta popular. (…) Nós propusemos que se fizesse uma consulta ao povo por plebiscito, no qual se exporia as condições e se abriria o debate. Para nós, para mim e para o meu governo, e tenho recebido da sociedade, dos prefeitos e governadores, dos movimentos sociais e tenho visto isso também nas pesquisas, que essa questão da reforma política feita por meio de consulta popular é imprescindível como uma resposta efetiva ao desejo profundo que emanou das manifestações. Esse desejo por mais participação popular”.

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