Repressão policial próximo à sede do jornal, durante protestos, gerou indignação de manifestantes
Brigada Militar bloqueou avenida em frente ao jornalCrédito: Karine Viana
Como acontecera no dia anterior, o protesto desta quinta-feira, 20, em Porto Alegre culminou em tumulto e repressão a manifestantes quando o movimento se aproximava da sede de Zero Hora, na Avenida Ipiranga. A ação da Brigada Militar, que recebeu os manifestantes com bombas de gás lacrimogênio, gerou indignação na internet e levou o Grupo RBS a publicar esclarecimento em sua página no Facebook. Em nota, a organização afirmou que era alvo declarado de ataques por parte de grupos isolados, que “planejavam executar atos de depredação e vandalismo na área da sede da empresa, com a intenção de gerar grande repercussão e estimular um clima de atrito e desordem.”
A empresa justificou que a ação policial, como afirma o governador Tarso Genro, teve como prioridade defender as vidas ameaçadas e lembrou que, naquele momento, o prédio abrigava funcionários de Zero Hora, da Rádio Gaúcha e do Diário Gaúcho, que trabalhavam na cobertura da manifestação. Ainda reconheceu a legitimidade do protesto e lamentou as ações violentas. “O Grupo RBS lamenta que uma minoria tente manchar com violência um movimento que nasceu para fazer do Brasil um país mais justo”, registrou em comunicado.
Nas redes sociais, sobram críticas sobre a violência praticada pela polícia contra os manifestantes, a fim de resguardar a sede do grupo de comunicação. Há comentários que questionam o motivo do bloqueio à passeata, que até então acontecia de forma pacífica. Outros criticam a violência praticada pela BM, a fim de resguardar a sede do veículo; a omissão da corporação diante de atos de vandalismo cometidos contra bancos, estabelecimentos comerciais e órgãos estaduais; e acusam o grupo de manipular informações e levar ao público visão distorcida do movimento.
Mais conteúdo: Confira a íntegra da nota.
Nenhum comentário:
Postar um comentário