Posted: 14 Jul 2013 01:17 PM PDT
Foto: politicsballa.com
De acordo com algumas fontes políticas, a situação de segurança no país poderia se deteriorar ainda mais, após a explosão de Bir El Abed, em virtude da existência de diversas células terroristas estrangeiras estarem infiltradas no Líbano, com o objetivo de realizar vários ataques contra redutos do Hezbollah. Grupos radicais extremistas, e fundamentalistas, continuam fazendo ronda no eixo Akkar-Beirute sob o comando de Mahmud NA, um palestino com passaporte libanês falso, que também é conhecido como Samir Khaled Kwaifi. Outro grupo fundamentalista, infiltrado em Al-Tariq Al-Jadideh, em Beirute, e outro, em Iqlim al-Kharroub, em Jadra, planejam outros ataques contra o Hezbollah.
A explosão em Bir El Abed ocorreu após rebeldes sírios terem ameaçado atingir o Hezbollah no Líbano, em retaliação pelo seu envolvimento no conflito sírio. Ameaças já haviam sido enviadas antes da explosão em Bir El-Abed, que ataques, incluindo carros bombas e suicidas, iriam visar cerimônias e procissões organizadas pelo Hezbollah. Serviços de inteligência, de diferentes países da região, se reuniram na Jordânia, para a preparação de diversos ataques intensos contra alvos do Hezbollah, na tentativa de distrair o foco da luta na Síria.
Enquanto isso, medidas de segurança nos subúrbios do sul de Beirute, e em outras áreas onde o Hezbollah exerce influência, foram tomadas, para tentar impedir novos ataques. Entretanto uma fonte revelou que no norte do país, um xeque salafista, recebeu um grande carregamento de armas, incluindo mísseis de curto alcance, que foram transportados em um de seus carros para Trípoli, e colocados num depósito próximo a linha de frente entre Jabal Mohsen e Bab al-Tabbaneh. O referido xeque vem realizando reuniões regulares com os grupos fundamentalistas, e organizando suas unidades.
As autoridades libanesas foram informadas na última semana, pela Agência Central de Inteligência que grupos ligados ao Al-Qaeda estavam se preparando para lançar duas bombas, cada uma pesando sete toneladas, que visavam explodir edifícios nos subúrbios ao sul de Beirute. De acordo com o relatório enviado pela Agencia Central de Inteligência, que as bombas foram colocadas em um caminhão, que seria conduzido por homens-bomba, assim que o grupo recebesse a ordem de realizar o ataque.
O relatório da CIA entregue às autoridades libanesas, revelou que outro grupo separado, também ligado ao Al-Qaeda, havia trazido cerca de 2 mil kg de explosivos para o país, para serem usados em ataques contra o exército, contra o Hezbollah, contra o Embaixador saudita no Líbano, Ali Awad Asiri, contra o Embaixador do Kuwait, Abdul Aal al-Qannae, e outros diplomatas, russos e chineses. Entretanto, apesar de terem confirmado que as autoridades libanesas tinham recebido os relatórios sobre os possíveis ataques terroristas no país, uma fonte política, disse que as informações recebidas por outras fontes, não eram totalmente precisas, e isso incluía o relatório fornecido pela CIA. Os relatórios alertavam que os ataques contra as embaixadas, visavam os embaixadores que se posicionaram irredutíveis em apoiar a crise síria, bem como o Hezbollah, o exercito, e a UNIFIL. As informações sobre o tamanho das bombas que seriam usadas, não estava preciso.
Uma fonte de segurança ocidental, disse que o Sheikh Ahmad Assir, esteve temporariamente refugiado nos escritórios da Al-Jamaa Al-Islamiya, em Sídon. Depois que o exército recusou uma oferta feita por uma delegação de pregadores de Trípoli para mediar um cessar-fogo, os membros da delegação foram para a Mesquita Bilal Bin Rabah, onde Assir refugiava-se, e pediu-lhe para fugir. Assir, sua família e o ex-cantor Fadel Shaker foram levados para os escritórios da Al-Jamaa Al-Islamiya, em Sídon, no próprio carro do Sheikh Salem Rafei, que chefiou a delegação de pregadores.
Claudinha Rahme
Gazeta de Beirute
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