O Programa da ONU para o Meio Ambiente, Pnuma e a Organização Internacional de Polícia Criminal, Interpol, estão chamando a atenção para os impactos dos crimes ambientais.
Leda Letra
Leda Letra
As agências citam estudos afirmando que o tráfico ilegal de animais e de madeira pode ajudar a financiar o terrorismo e o crime organizado pelo mundo.
O Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) embargou 15,8 mil hectares de desmatamentos ilegais no Pará desde o início da Operação Onda Verde, resultando na aplicação de R$ 77,6 milhões em multas. A área tomada pelo governo corresponde ao tamanho de quase duas capitais do Espírito Santo (Vitória tem 98,194 km2) e a capital do Rio Grande do Norte (Natal mede 167,263 km2). Os agentes ainda apreenderam 18,1 mil metros cúbicos de madeira (cerca de 730 caminhões cheios), quatro caminhões, quatro tratores, oito balsas e cinco empurradores nas cidades de Anapu, Uruará, Novo Progresso e Santana do Araguaia
Madeira
Sobre o comércio ilegal de madeira, o Pnuma e a Interpol afirmam ser um mercado que vale entre US$ 30 e US$ 100 bilhões por ano. Em fevereiro, a Interpol fez uma operação em vários países da América Latina, incluindo o Brasil, que resultou em 200 pessoas presas e na apreensão de 150 veículos com madeira.
As duas agências também destacam que a pesca ilegal responde por 20% do total de peixes pescados no mundo. Os números são da WWF. A Interpol lançou este ano o "Projeto Escala", para combater crimes no setor e garantir o cumprimento de leis nacionais.
As duas agências também destacam que a pesca ilegal responde por 20% do total de peixes pescados no mundo. Os números são da WWF. A Interpol lançou este ano o "Projeto Escala", para combater crimes no setor e garantir o cumprimento de leis nacionais.
Fornos usados para fabricar carvão vegetal a partir de árvores derrubadas ilegalmente na Floresta Amazônica são vistos de helicóptero da Polícia Militar Ambiental, durante uma operação contra madeireiras realizada em setembro de 2013
Elefantes
Segundo o Pnuma, só o tráfico ilegal de animais selvagens, como elefantes, rinocerontes e tigres, gera lucros entre US$ 15 bilhões por ano a até mais de R$ 45 bilhões.
Em 2011, pelo menos 17 mil elefantes africanos foram assassinados, reflexo do aumento do tráfico ilegal de marfim. E a apreensão de pacotes com mais de 800 kgs de marfim, que tinham como destino a Ásia, mais que dobrou nos últimos cinco anos.
No começo do ano, uma ação da Interpol na África prendeu 66 pessoas e apreendeu mais de 4 mil produtos feitos com marfim ilegal.
Em 2011, pelo menos 17 mil elefantes africanos foram assassinados, reflexo do aumento do tráfico ilegal de marfim. E a apreensão de pacotes com mais de 800 kgs de marfim, que tinham como destino a Ásia, mais que dobrou nos últimos cinco anos.
No começo do ano, uma ação da Interpol na África prendeu 66 pessoas e apreendeu mais de 4 mil produtos feitos com marfim ilegal.
Lixo Eletrônico
Outro crime ambiental que gera preocupação é o desvio de lixo eletrônico para o mercado negro, para evitar os custos associados com a reciclagem.
No ano passado, uma operação de combate ao comércio ilegal de lixo eletrônico apreendeu 240 toneladas de equipamentos, como televisores e computadores, e investigou 40 empresas envolvidas no crime.
Foram feitas vistorias em portos da Bélgica, Alemanha, Holanda e Grã-Bretanha, região considerada fonte de lixo eletrônico que segue para outras partes do mundo. A Interpol também verificou portos no Gana, Guiné e Nigéria, países que são destino desse lixo.
O diretor do Pnuma, Achim Steiner, sugere aos países que melhorem os serviços de inteligência, o trabalho da polícia e reforcem a capacidade das alfândegas para diminuir o índice desses crimes.
A Interpol e o Pnuma debatem os impactos e possíveis soluções para os crimes ambientais até sexta-feira, em uma reunião em Nairobi, no Quênia.
No ano passado, uma operação de combate ao comércio ilegal de lixo eletrônico apreendeu 240 toneladas de equipamentos, como televisores e computadores, e investigou 40 empresas envolvidas no crime.
Foram feitas vistorias em portos da Bélgica, Alemanha, Holanda e Grã-Bretanha, região considerada fonte de lixo eletrônico que segue para outras partes do mundo. A Interpol também verificou portos no Gana, Guiné e Nigéria, países que são destino desse lixo.
O diretor do Pnuma, Achim Steiner, sugere aos países que melhorem os serviços de inteligência, o trabalho da polícia e reforcem a capacidade das alfândegas para diminuir o índice desses crimes.
A Interpol e o Pnuma debatem os impactos e possíveis soluções para os crimes ambientais até sexta-feira, em uma reunião em Nairobi, no Quênia.
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