sexta-feira, 1 de janeiro de 2016

Parceria entre empresárias e agricultores familiares é sucesso no DF

Foto: Eduardo Aigner/MDA
Frutos da cagaita dão sabor a sorvetes artesanais
Sorvete de pequi, de cagaita, de bacuri. Parece estranho? Não para a Sorbê, uma sorveteria artesanal do Distrito Federal que tem em seu cardápio esses e outros sabores típicos de frutos do Cerrado. E o melhor: os fornecedores são agricultores familiares de diversos estados do Brasil. É o diferencial da empresa, que conta com produtos fresquinhos, diretos da horta.
A ideia surgiu em 2005, quando a jornalista Rita Medeiros, 59 anos, optou por cuidar do negócio junto com a filha, Anita de Medeiros. Além de mãe e filha, elas acumulam o cargo de sócias da unidade no centro de Brasília, que chega a vender 144 bolas de sorvete por dia. Por mês, as vendas podem ultrapassar impressionantes 4,3 mil bolas.
Rita conta que desde o início a ideia era fazer sorvetes artesanais. Antes, elas compravam frutas para os sorvetes de cooperativas da agricultura familiar do DF, Goiás, Tocantins e Maranhão. “Agora compramos diretamente do agricultor familiar, da horta mesmo. Compramos jabuticaba, pitanga, murici, baru, cagaita, pequi, bacuri, frutas do cerrado no geral”, enumera.
Elas já desenvolveram mais de 200 sabores de sorvetes. O espaço físico não permite que todos sejam vendidos ao mesmo tempo, mas quem der uma passada na loja vai ter à disposição 24 tipos de sorvete, todos os dias. Segundo Rita, é utilizada apenas matéria-prima de qualidade, que são as frutas da agricultura familiar, e toda a produção é isenta de gordura hidrogenada e outros artifícios.
“Compramos da agricultura familiar porque a diversidade é maior. Não tem muita coisa no mercado, isso é um diferencial. O nosso produto acaba ficando com mais qualidade, porque usamos a fruta in natura, não o suco. Com isso, o sorvete sai mais encorpado, com mais sabor”, elogia.   

Preservação
A filha de Rita, Anita de Medeiros, explica que a confecção dos sorvetes é, também, uma forma de preservar a floresta nativa do DF. “As frutas são nativas e esse acaba sendo um meio de conservar o Cerrado, já que esses produtores preservam as árvores para colherem os frutos e levarem para nós, ano após ano”, revela.
De acordo com as sócias, os sabores diferentes são os mais procurados. Só no ano passado, elas compraram 100 kg de gabiroba, uma fruta da mesma família da goiaba, muito saborosa, rica em vitamina C. “A gabiroba só dá uma vez por ano, é bem rara. Vários clientes nunca ouviram falar nessas frutas, por isso há uma procura maior pelo diferente”, comenta Anita.
Outras frutas utilizadas na produção dos sorvetes artesanais são araticum, buriti, cagaita e pequi, que apresentam altos valores de vitaminas do complexo B (essenciais para o sistema neurológico) e são fontes de carotenoides pró-vitamina A, que auxiliam no sistema imunológico, na reprodução e na manutenção da integridade da pele.

Jalila Arabi
Ascom/ MDA
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