domingo, 28 de julho de 2013

JMJ: mistura de cores e sotaques temperada com solidariedade



Karol Assunção
Adital
Até o próximo domingo (28), a cidade do Rio de Janeiro (RJ), Brasil, é palco da Jornada Mundial da Juventude (JMJ), evento da igreja católica que reúne jovens de várias partes do mundo. Em uma passagem rápida pelas ruas da cidade, observa-se a diversidade de juventudes presentes no evento. Uma mistura de cores, sotaques e idiomas tomam conta do Rio de Janeiro nesta semana.Na manhã desta quinta-feira (25), uma missa no Santuário Nossa Senhora de Fátima, no centro, chamou a atenção das pessoas que passavam pelo local. Em francês, a missa tinha jovens da França e da República Democrática do Congo como principal público.
Mesmo sem entender francês, Roberto de Sousa, integrante da Juventude Mariana Vicentina, de Fortaleza, Ceará (Brasil), foi à missa por curiosidade. "Eu achei interessante, não entendi nada. Fui mais porque tenho interesse pelas outras línguas, pra conhecer outras culturas”, diz, destacando ainda o canto final da missa, realizado por um grupo de jovens congoleses, como ponto alto da celebração: "foi bem natural, eles pareciam que estavam na casa deles, foi um momento contagiante”.
O maranhense Tiago Pinto, que está no Rio de Janeiro de férias, também entrou na igreja por curiosidade. Apesar de se considerar "católico afastado”, o jovem de 26 anos de idade se sentiu atraído em assistir à missa em outra língua. "Consegui entender algumas coisas. Queria ver como eles se comportavam e achei as pessoas bem próximas, solidárias, pelo menos entre elas. Achei bem bonito”, afirma.
Jovens com deficiência
Karol AssunçãoNa primeira fila da igreja, sete jovens com deficiência participava atentamente da missa e dos festejos do canto final. O grupo veio de Paris, na França, com mais 100 pessoas para participar das atividades da Jornada Mundial da Juventude. Pertencentes à paróquia Notre Dame de Grâce de Passy, os/as jovens contam com a ajuda de amigos/as e voluntários/as para se deslocar durante as atividades do evento.
Apesar de a Jornada possuir áreas especiais para pessoas com deficiência, os/as jovens da França preferiram se juntar aos demais do grupo. De acordo com a voluntária Marie Lafont, a ideia é que eles/as participem da Jornada juntamente com os/as outros/as. "O objetivo é que os especiais vivessem a Jornada como os outros”, conta, destacando que os/as amigos/as sempre se unem para ajudar uns aos outros.
O jovem Tom Duboc, de 20 anos de idade, explica que todo domingo vai à missa na França com a ajuda de voluntários/as. Na Jornada, também recebe a solidariedade de amigos/as, que o ajudam a se comunicar e a se deslocar. "Estou achando a [Jornada] superlegal. É uma oportunidade de reafirmar a fé, de ser mais forte e de ter confiança na vida, ter mais esperança”, afirma.

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