Karol Assunção
Adital
"Estamos em um tempo de coisa nova, tempo de esperança”. Foi assim que Moema Miranda, integrante da diretoria do Instituto Brasileiro Análises Sociais e Econômicas (Ibase), iniciou a fala no último painel temático dessa quarta-feira (24), naTenda das Juventudes, atividade da Jornada Mundial da Juventude.
Com o tema "Desafios socioambientais da humanidade e a juventude”, o debate contou ainda com a presença de Márcio Astrini, do Greenpeace, e de Chico Whitaker, idealizador do Fórum Social Mundial (FSM). Em debate, questões como desafios enfrentados na atualidade, modelo de desenvolvimento, e energia atômica.
A diretora do Ibase destacou a importância do momento atual com os protestos que tomaram conta do país no mês de junho e que seguem ocorrendo no Rio de Janeiro. Para ela, a juventude está vivendo um "momento inédito”, e acredita que o momento atual é "mais complexo” por conta de alguns elementos: primeiro, a questão da consciência e justiça ambiental. "Hoje já se tem a ideia de que o planeta é finito, tem limites. Hoje não é possível ter a ideia de crescer, crescer, crescer”, destacou.
Outro elemento colocado por Moema diz respeito à desigualdade social. De acordo com ela, já não basta mais pensar em acabar com a pobreza, mas sim pensar em soluções para as desigualdades, para as concentrações de renda e de terra. "Temos que pensar ao mesmo tempo em como construir a justiça social e a justiça ambiental”, ressaltou, explicando que, como a natureza é finita, é preciso pensar em soluções das desigualdades levando em consideração esses aspectos.
Além disso, Moema chamou a atenção para a liberdade humana, questionando a obsolescência dos objetos, os quais são "programados” para acabar a fim de seguir a lógica do mercado. "Para resolver essas questões, é preciso ter mais democracia, mais gente opinando, participando”, afirmou.
O integrante do Greenpeace, Márcio Astrini, aproveitou o debate para mostrar a situação da Amazônia. Através de notícias de jornais e de pesquisas, o ativista destacou os baixos índices de desenvolvimento na região e os assassinatos de lideranças sociais e ambientais. "Isso é fruto do modelo de desenvolvimento que coleciona vítimas, são vítimas de um modelo desigual. Caem árvores e caem pessoas. A gente se revolta com isso, não aceita essa situação”, comentou.
Márcio ainda convocou as pessoas a criarem uma agenda para solucionar esses problemas e que respeite os direitos indígenas. Sugeriu ainda a criação de uma "alternativa de desenvolvimento a esse desenvolvimento [atual] que leva à morte”. Da mesma forma que Moema, o integrante do Greenpeace considerou que a atual conjuntura, com jovens nas ruas protestando por direitos, deve ser um "momento propício para pensar em novas conquistas”.
Por sua vez, Chico Whitaker alertou os/as jovens sobre os malefícios da energia atômica. O idealizador do Fórum Social Mundial explicou o funcionamento das usinas nucleares e os perigos da radioatividade, citando alguns acidentes com esses elementos, como a explosão da usina nos Estados Unidos, em 1979, e os acidentes das usinas da União Soviética, em 1986, e a de Fukushima, no Japão, em 2011. "A juventude precisa começar a se preocupar”, disse, lembrando que o lixo atômico e os problemas causados pela radioatividade afetam a geração atual e as próximas.
Com o tema "Desafios socioambientais da humanidade e a juventude”, o debate contou ainda com a presença de Márcio Astrini, do Greenpeace, e de Chico Whitaker, idealizador do Fórum Social Mundial (FSM). Em debate, questões como desafios enfrentados na atualidade, modelo de desenvolvimento, e energia atômica.
A diretora do Ibase destacou a importância do momento atual com os protestos que tomaram conta do país no mês de junho e que seguem ocorrendo no Rio de Janeiro. Para ela, a juventude está vivendo um "momento inédito”, e acredita que o momento atual é "mais complexo” por conta de alguns elementos: primeiro, a questão da consciência e justiça ambiental. "Hoje já se tem a ideia de que o planeta é finito, tem limites. Hoje não é possível ter a ideia de crescer, crescer, crescer”, destacou.
Outro elemento colocado por Moema diz respeito à desigualdade social. De acordo com ela, já não basta mais pensar em acabar com a pobreza, mas sim pensar em soluções para as desigualdades, para as concentrações de renda e de terra. "Temos que pensar ao mesmo tempo em como construir a justiça social e a justiça ambiental”, ressaltou, explicando que, como a natureza é finita, é preciso pensar em soluções das desigualdades levando em consideração esses aspectos.
Além disso, Moema chamou a atenção para a liberdade humana, questionando a obsolescência dos objetos, os quais são "programados” para acabar a fim de seguir a lógica do mercado. "Para resolver essas questões, é preciso ter mais democracia, mais gente opinando, participando”, afirmou.
O integrante do Greenpeace, Márcio Astrini, aproveitou o debate para mostrar a situação da Amazônia. Através de notícias de jornais e de pesquisas, o ativista destacou os baixos índices de desenvolvimento na região e os assassinatos de lideranças sociais e ambientais. "Isso é fruto do modelo de desenvolvimento que coleciona vítimas, são vítimas de um modelo desigual. Caem árvores e caem pessoas. A gente se revolta com isso, não aceita essa situação”, comentou.
Márcio ainda convocou as pessoas a criarem uma agenda para solucionar esses problemas e que respeite os direitos indígenas. Sugeriu ainda a criação de uma "alternativa de desenvolvimento a esse desenvolvimento [atual] que leva à morte”. Da mesma forma que Moema, o integrante do Greenpeace considerou que a atual conjuntura, com jovens nas ruas protestando por direitos, deve ser um "momento propício para pensar em novas conquistas”.
Por sua vez, Chico Whitaker alertou os/as jovens sobre os malefícios da energia atômica. O idealizador do Fórum Social Mundial explicou o funcionamento das usinas nucleares e os perigos da radioatividade, citando alguns acidentes com esses elementos, como a explosão da usina nos Estados Unidos, em 1979, e os acidentes das usinas da União Soviética, em 1986, e a de Fukushima, no Japão, em 2011. "A juventude precisa começar a se preocupar”, disse, lembrando que o lixo atômico e os problemas causados pela radioatividade afetam a geração atual e as próximas.
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