Acessibilidade na periferia: aumento de empregos fora do centro expandido
Antonio Carlos Quinto
Antonio Carlos Quinto
Segundo a professora, uma das principais questões diz respeito a como usar o planejamento de transporte para ordenar as atividades no espaço urbano. “Estudos indicam que maior acessibilidade na periferia pode incrementar o crescimento da oferta de empregos fora do centro expandido , atraindo para a periferia as viagens que acontecem hoje nesta direção”, justifica. “É neste centro expandido, delimitado pelo mini anel viário, que atualmente estão concentrados os empregos e a população de maior renda”, aponta, ressaltando que “como consequência: altos índices de congestionamento viário”.
Fortalecer centralidades
A professora destaca, assim, a necessidade de planos de transporte público que sejam estruturados no território metropolitano paulista, indutores de um desenvolvimento urbano integrado. “Para uma ocupação espacial mais equilibrada é necessário que haja um fortalecimento das centralidades fora do centro expandido, em áreas periféricas com crescimento de população e ou de empregos”, recomenda. Ela cita como exemplo destas áreas Itaquaquecetuba, Jardim Helena, Vila Curuçá, Vila Jacuí, Lajeado, Itaquera, Cidade Líder, Iguatemi, São Bernardo, Diadema, Grajaú, Cidade Ademar, Capão Redondo, Taboão da Serra, Jandira, Barueri, Anhanguera, Guarulhos, Ponte Rasa, Artur Alvim, Vila Prudente, Ipiranga, Santo André, Socorro, Carapicuíba, Jaguara, Limão, Vila Maria, Vila Medeiros e outras áreas periféricas que compõem o espaço metropolitano.
A professora destaca, assim, a necessidade de planos de transporte público que sejam estruturados no território metropolitano paulista, indutores de um desenvolvimento urbano integrado. “Para uma ocupação espacial mais equilibrada é necessário que haja um fortalecimento das centralidades fora do centro expandido, em áreas periféricas com crescimento de população e ou de empregos”, recomenda. Ela cita como exemplo destas áreas Itaquaquecetuba, Jardim Helena, Vila Curuçá, Vila Jacuí, Lajeado, Itaquera, Cidade Líder, Iguatemi, São Bernardo, Diadema, Grajaú, Cidade Ademar, Capão Redondo, Taboão da Serra, Jandira, Barueri, Anhanguera, Guarulhos, Ponte Rasa, Artur Alvim, Vila Prudente, Ipiranga, Santo André, Socorro, Carapicuíba, Jaguara, Limão, Vila Maria, Vila Medeiros e outras áreas periféricas que compõem o espaço metropolitano.
Andreina diz que, atualmente, a única interligação em arco, de transporte estrutural, fica por conta do corredor ABD, que passa por São Mateus,Santo André, São Bernardo, Diadema e Jabaquara. “Além desta linha, que é um corredor de ônibus operando em via exclusiva, não há linhas de média ou alta capacidade para atender diretamente os deslocamentos perimetrais”, constata. “As viagens entre dois pontos periféricos são realizadas, em geral, utilizando linhas radiais que passam, ou se integram a outras, no centro expandido”.
Metrô em círculo ou em arco
Andreina é enfática em apontar que estas linhas perimetrais devem ser linhas de metrô.“Esta foi a solução que permitiu a cidades como Madrid, Londres, Moscou e Tókio, entre outras, minorar seus problemas de tráfego e transporte público”, lembra. Segundo dados levantados pela pesquisadora, no caso da região metropolitana de São Paulo as linhas de metrô em arco, externas ao centro expandido, atenderiam a uma população com renda familiar mensal entre R$ 760,00 e R$ 3.040,00 (veja abaixo o mapa elaborado com base na Pesquisa Origem-Destino de 2007).
Andreina é enfática em apontar que estas linhas perimetrais devem ser linhas de metrô.“Esta foi a solução que permitiu a cidades como Madrid, Londres, Moscou e Tókio, entre outras, minorar seus problemas de tráfego e transporte público”, lembra. Segundo dados levantados pela pesquisadora, no caso da região metropolitana de São Paulo as linhas de metrô em arco, externas ao centro expandido, atenderiam a uma população com renda familiar mensal entre R$ 760,00 e R$ 3.040,00 (veja abaixo o mapa elaborado com base na Pesquisa Origem-Destino de 2007).
As linhas de metrô em arco, externas ao centro expandido, atenderiam a uma população com renda familiar mensal entre R$ 760,00 e R$ 3.040,00
“A população desta faixa de renda responde por 70% das viagens diárias por transporte coletivo e gasta, em média, 67 minutos para chegar ao destino. O tempo de viagem desta população corresponde a 71,4% do tempo total de viagem consumido diariamente nos deslocamentos realizados por transporte coletivo em toda a metrópole”, calcula.
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