quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

Lucio Dias: Seca prolongada pode causar perdas maiores que o esperado para o café


Perdas nas safras 2014 e 2015 poderão ser maiores que o esperado, já que é a primeira vez que se registra uma seca tão forte nos meses de janeiro e fevereiro. Algumas lavouras mais novas estão com grãos vazios e podem ter perda total.


Ainda não se sabe qual será a resposta da safra de café 2015, após o grande estresse climático provocado pela seca em janeiro e fevereiro. Segundo Lúcio Dias, superintendente de mercado interno da Cooxupé, em Guaxupé-MG, esta crise climática é inédita neste período do ano e ainda não existem pesquisas sobre a reação das plantas nestas condições. “Esta seca é inusitada, nós nunca tivemos seca em janeiro e fevereiro como estamos tendo agora. Não temos experiência alguma do que pode acontecer com a planta e quais são as consequências disso para a safra atual e a safra futura”. 
Dias afirma que a situação é preocupante e o produtor precisa se preparar e garantir que terá alguma produção antes de firmar contratos. “Precisamos alertar aos produtores que as consequências podem ser piores do que estão avaliando. Estamos vendo muitos grãos vazios, muitos grãos chochos e essa seca pode ser continuada, porque ainda não temos uma previsão boa de chuva”.  
Muitas lavouras novas, de 2 a 4 anos de idade, estão tendo perda total de produção em Minas Gerais. “As lavouras mais velhas ainda estão aguentando firme, mas as menores estão sofrendo muito. Os grãos parecem plástico-bolha, pois só tem ar dentro”. 
Para a safra de 2015, que terá a florescência entre setembro e outubro, o problema é sério. Dias explica que o crescimento foi muito baixo, pois era necessário ter chovido para começar a desenvolver o sistema de floração.  “A gente ainda não sabe qual será a reação desta planta sob um estresse hídrico tão forte”. 
Fonte: Notícias Agrícolas
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