Após a convocação feita pelo Presidente do Líbano, Michel Sleiman, na última semana, para um diálogo nacional entre os partidos políticos e seus representantes, todos os membros do parlamento, estão decidindo se vão ou não participar do encontro.
Nabih Berri, porta-voz do parlamento, também pediu para que o ex-primeiro ministro libanês Saad Hariri, volte ao Líbano, para cumprir com o pedido do presidente.
“Espero que Saad Hariri volte ao Líbano, para que ele, com seu Movimento Futuro, possa discutir sobre a formação de um novo gabinete, e sobre a segurança do Líbano.”
No final de semana,Hariri, que atualmente vive na França, se encontrou com membros do seu grupo, para conversar sobre a posição que o partido terá, no diálogo nacional.
"O diálogo nacional vai trazer resultados positivos, mesmo se não resolver as principais questões em disputa, pois criará uma atmosfera positiva no país", disse Berri. "
Em 11 de julho, o Movimento Amal, liderado pelo porta-voz do parlamento, Nabih Berri, cortou os laçõs com o partido do General Aoun (Movimento Patriótico Livre), e por esta razão, segundo ele a Aliança 8 de Março, que consiste na união de partidos, cristãos, drusos e muçulmanos, entre eles o Hezbollah, o Amal, e o Movimento liderado pelo General Aoun, teria sido desfeita.
"Nós concordamos com o General Aoun em questões estratégicas, como a resistência e a posição em relação a Israel, mas não em questões internas."
"Em nível nacional, as nossas escolhas são diferentes e cada um vai seguir o seu próprio caminho", acrescentou.
Mas o primeiro-ministro indigitado, Tammam Salam rejeitou o anúncio de Berri, classificando essa atitude como uma jogada política, para conseguir mais ministros para cada grupo, já que cada um teria sua individualidade.
Para discutir essas e outras questões, muitos políticos, vão comparecer no diálogo nacional. Em um discurso de sexta-feira (26), o secretário-geral do Hezbollah Hasan Nasrallah, disse que seu partido estava pronto para assistir às sessões do diálogo nacional, a fim de discutir uma estratégia de defesa para enfrentar as ameaças de Israel ao Líbano.
Aoun também irá participar, mas observou que o diálogo nacional anterior não teve nenhum resultado.
"O presidente Michel Sleiman exige a retomada do diálogo. Eu vou apoiá-lo", disse Aoun.
"Mas o diálogo tem ocorrido desde 2006 e não trouxe resultado, porque cada participante tem seus próprios planos e ninguém está à procura de uma solução."
O Patriarca Maronita Bechara Rai expressou a esperança de que o chamado de Sleiman para a retomada do diálogo este ano, sejam respondidas, a fim de preparar o caminho para a "reconciliação nacional".
O último diálogo nacional foi em Setembro de 2012.
Chadia Kobeissi
Gazeta de Beirute
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