sexta-feira, 29 Maio, 2015 - 19:15
O sonho de ter a própria terra virou realidade para 37 famílias de agricultores familiares, que nesta manhã (29), receberam das mãos do ministro Patrus Ananias as escrituras das propriedades rurais, financiadas pelo Programa Nacional de Crédito Fundiário (PNCF/MDA).
“A agricultora e o agricultor familiar quando deixa de ser meeiro e diaristas, primeiro ele ganha dignidade, melhorando sua estima pessoal e familiar. Depois ele passa ter acesso ao crédito, podendo receber os benefícios de programas como o Programa Nacional da Agricultura Familiar (Pronaf)”, destacou o ministro.
Ao todo, foram adquiridos 92,8 hectares, com um investimento de R$2.290 milhões - R$ 813 mil destinados à estruturação da propriedade, sendo R$ 60, 9 mil não reembolsáveis. As famílias ainda terão acesso a R$ 900 mil, em recursos do Pronaf, e mais de R$ 1 milhão para a construção de habitação rural pelo Minha Casa, Minha Vida Rural.
A agricultora, Marli Guabiraba Oliveira, conta que como meeira tinha meses que não ganhava nada, mas que agora isso vai mudar. “Estou muito alegre, feliz mesmo. Nós nunca íamos conseguir ter nossa terra se não fosse esse Programa (credito fundiário). Acredito que tudo será melhor agora”, afirmou Marli.
A solenidade de entrega ocorreu durante a visita do ministro a 4ª Rondônia Rural Show, em Ji-Paraná.
Produção qualificada amplia ganhos
Situada entre duas fazendas de soja, a Associação dos Produtores Rurais de Vilhena, que possui 150 hectares agricultáveis, divididos por 40 agricultores, vem provar que trabalho e tecnologia transformam áreas do Crédito Fundiário em espaços de produção qualificada e rentável. Como é o caso do agricultor Edson Martins Mariano que, cultivando apenas três hectares, obtém uma receita anual superior a 100 salários mínimos – cerca de R$ 80 mil/ano.
“Com a ajuda do técnico da Emater, mudei a forma de plantar, empregando novas tecnologias na produção.” Mariano conta que passou a utilizar: estufas na produção de tomates, sementes e grãos, sistema de fertirrigação por gotejamento, (quando fertilizantes e adubos são adicionados à agua) e viveiro de mudas, o que tem permitido a utilização de mudas melhores. “O resultado foi surpreendente, tanto na renda quanto na qualidade dos produtos”, diz o agricultor.
Assim como Mariano, os demais associados também mudaram a forma de produção, agregando técnicas mais modernas e obtendo rendimentos maiores. Darci Thiele é um exemplo. Segundo ela, a mudança no sistema de plantio de abacaxis permitiu que dobrasse a quantidade de frutos plantados numa mesma área (2 há), sem prejuízos para o solo e para o produto.
“Colhemos 35 mil frutos por ano, que são vendidos no a R$2,50. Mesmo com as perdas e os investimentos, a lucratividade ainda é muito boa”, comentou.
Os beneficiários da Associação dos Produtores Rurais de Vilhena comercializam a produção para o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) e em feiras de produtores, mercados de Vilhena (RO) e mais quatro cidades vizinhas.
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