A família do jornalista Vladimir Herzog, torturado e morto pela ditadura militar do Brasil nos anos 1970, ficou satisfeita com a prisão do ex-presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), José Maria Marin, na Suíça.
Crédito:Agência Brasil
José Maria Marin está associado à prisão e morte do jornalista Vladimir Herzog
"Eu vejo com muita satisfação”, afirmou ao site Brasil Post o filho do jornalista, Ivo Herzog. Antes da Copa do Mundo, ele chegou a promover uma petição para solicitar a saída de Marin do comando da entidade.
O ex-presidente da CBF foi associado à morte de Herzog em 1975 em razão de um discurso na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), em 7 de outubro de 1975. No dia 25, Herzog, então diretor de jornalismo na Cultura, foi preso na sede do DOI-CODI, em São Paulo, torturado e morto por agentes da ditadura. Em 2013, Marin negou envolvimento no caso.
Ivo destacou que a satisfação apenas será completa com o encerramento das investigações da Justiça americana. “É uma etapa. Tem que aguardar para ver se haverá condenação, a Justiça não se pronunciou. Temos que segurar a empolgação”, ponderou. Para ele, a prisão de Marin “faz jus” à memória de seu pai.
“É interessante ele [Marin] ser preso e o padrinho político dele, o [deputado federal Paulo] Maluf estar livre, mesmo sendo procurado pela Interpol fora do Brasil. Só aqui ele não é acusado de nenhum crime, então é parecido. Fico satisfeito porque ele [Marin] sempre se safou”, disse.
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