terça-feira, 26 de maio de 2015

Kim, você é contra o Estado, mas ainda bem que o SAMU te socorreu, não é?


25 de maio de 2015 | 16:03 Autor: Fernando Brito
kim
Sinto muito pelo acidente com aquele rapazinho, Kim Kataguiri, que vive desancando o Estado e louvando o império da iniciativa privada.
Ainda bem, porém que, como mostra a foto, ele foi atendido – tal como aconteceu com a família de Luciano Huck após o pouso forçado de seu avião -por serviços público do SUS, o mesmo SUS que, sempre que puderam fizeram questão de desancar – e há muitos casos, de fato, dramáticos – dizendo ser só um caos  a saúde pública, sem nunca mostrarem os avanços que estamos tendo.
Entre eles, o SAMU, que socorreu Kataguiri.
É uma iniciativa do governo que Kim quer derrubar, de qualquer maneira, que hoje tem perto de 4 mil ambulâncias e custa mais de R$ 1 bilhão por ano.
O Governo Federal paga a metade, estados e municípios pagam, cada um um quarto do custo.
Posto aí embaixo uma reportagem – claro que da NBR, porque as televisões privadas só se preocupam com o “mundo cão” das carências- que é algo que deveriam ver os que  esqueceram de como era comum, há 15 anos, ver pessoas por horas se contorcendo nas calçadas à espera de uma ambulância.
Veja o vídeo do Samu em 2013 – como o Governo Federal é doloroso de comunicação, só tinha 758 visualizações em mais um ano e meio – e, querendo, leia a seguir minha história de hoje mesmo com o SUS.
Eu não espero que acreditem em mim – sei que até muitos dos meus amigos duvidariam – mas hoje voltei ao posto de saúde – simplérrimo, uma “casinha de roça” numa quase vila de pescadores junto à bacana praia de Piratininga, em Niterói, para marcar data para coleta de material para exames. Foram marcados, em menos de 15 minutos,  para daqui a uma semana, tal como uma semana demorou a consulta médica em os solicitou.
Aliás,  médica que me atendeu, depois de uma extensa consulta, troca da medicação para diabetes que tinha recebido em outra unidade (também pública e também boa) de emergência, a Dra. Daiane,  teve um gesto que talvez surpreenda os que estão acostumados com ricos consultórios particulares.
Levantou-se da cadeira, levou-me à porta e despediu-se de mim com a inevitáveis recomendações de restrição e, pasmem, com um aperto de mão.
Para os que quiserem ver, coloco abaixo  uma foto do posto, onde pretendo continuar a me tratar, no acompanhamento, depois da consulta com um endocrinologista que vai demorar um mês, já que agora estou visto por uma clínica geral, medicado e com uma taxa de glicose que marcou hoje 107, depois de ter entrado com 400 no posto, há duas semanas.
tibau

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