Por Rodrigo Vianna, no blogEscrevinhador:
O Edu Zebini eu conheço bem. Foi ele quem, no Departamento de Esportes da Record, conquistou direitos de transmissão das Olimpíadas, dos Jogos Panamericanos e da Copa dos Campeões. Deixou a Globo na poeira.
O Edu foi com a cara e a coragem pra Europa, falou com as pessoas certas, e quando a Globo percebeu já tinha levado a bola no meio das pernas…
O Edu hoje está na Fox. Ele é quem traça a estratégia da emissora que atazana a Globo.
Nos últimos dias, o Edu meteu outra bola no meio das pernas do Ali Kamel – este eu também conheço bem (ideólogo conservador, escreve livros para negar (!!) que haja racismo no Brasil, e ainda processa blogueiros que criticam a Globo).
Kamel – que é responsável pelo jornalismo e o esporte na Globo – se preocupa com os blogueiros e em fazer política contra o governo, enquanto o Edu cuida da Fox – que esta semana transmitiu com exclusividade o jogo do Corinthians na Libertadores.
A Globo põe futebol às 22h. Desrespeito com o torcedor! A Fox transmite às 20h.
Fora isso, de um lado está o Edu Zebini. De outro, o Ali Kamel. Quem você acha que tá ganhando essa parada?
O Edu está arrebentando a Globo. Mas quem conta a história é o jornalista esportivo Cosme Rímoli – de quem eu era leitor há muito tempo, e com quem tive a alegria de trabalhar no Pan de Guadalajara e nos Jogos Olímpicos de Londres.
*****
Por Cosme Rímoli, em seu blog no R-7
Tudo estava muito tranquilo para a TV Globo e os canais Sportv até 2011. Desde 1995 havia a Fox Sports Latinoamérica. A empresa, um braço da Fox, do bilionário australiano Rupert Murdoch, não incomodava. Crescia na América do Sul, do Norte, Central. Por uma questão estratégica, o Brasil ficava fora do circuito. A multinacional só entraria no país quando estivesse estruturada, diante da importância comercial e da área continental brasileira.
Dinheiro nunca foi problema. A conceituada revista Forbes avalia o patrimônio de Murdoch em 14,1 bilhões de dólares, cerca de R$ 46,4 bilhões. Executivos do canal trataram de comprar os direitos de transmissão dos principais torneios das Américas, do mundo. Foi assim que atropelou a Globo e se tornou dona da Libertadores e da Sul-Americana, em 2011.
Estava tudo certo, já que colocaria no ar seus canais no ano seguinte. Teoricamente. Foi quando a Fox percebeu a força que a Globosat tem no mercado das tevês a cabo no país. A Net e Sky, de maneira muito estranha, se recusava a liberar canais para a emissora mostrar os torneios.
Mesmo assim, a fórceps, exerceu seu direito. E não cedeu a transmissão da Libertadores e da Sul-Americana para os canais Sportv em 2012. Justo nesse ano, o Corinthians foi campeão pela primeira vez do torneio. O sucesso para a Fox foi uma tragédia nos canais Globosat. A pressão ficou insuportável.
Executivos da Fox perceberam que haveria a necessidade de negociar, compartilhar com a Globo. Em troca dos seus dois grandes trunfos, a emissora exigiu três torneios para mostrar ao vivo: o Brasileiro, a Copa do Brasil e a Copa do Mundo.
Tudo certo? Mais ou menos. No Mundial, a Globo exerceu seus privilégios. Principalmente em relação à Seleção. Junto a isso, a pressão exercida enfrentada junto à Net e Sky nunca foi esquecida.
E o troco veio. Na reunião que ficou decidida a tabela da Libertadores deste ano, a empresa de Rupert Murdoch surpreendeu. Resolveu impor os seus direitos de dona da transmissão dos jogos. E exigiu, na confecção da tabela, dois jogos exclusivos do Corinthians. A Globo foi surpreendida. O clube, assim como o Flamengo, são os principais carros chefes do futebol na emissora. A ordem dos executivos é mostrar sempre que possível partidas dos dois.
“A televisão que é hoje um fator de faturamento, fundamental, sem o qual os clubes não sobrevivem…A rede que dá publicidade aos jogo, transmite os jogos (TV Globo)…O diretor mais importante dela disse o seguinte: Corinthians e Flamengo são times. O resto é merrrrrda (…)
“(…) Estou dando essa entrevista porque estou saindo do Grêmio. Por que se eu fosse um dirigente que fosse continuar provavelmente não levaria a público as minhas declarações.”
As revelações da paixão global pelo Corinthians e Flamengo foi escancarada no ano passado pelo vice-presidente do Grêmio, Nestor Hein. Como havia prometido, ele falou e deixou da diretoria do clube gaúcho no final do ano.
A Globo tentou se proteger da exigência de exclusividade da rival. Pelo menos colocar também os canais Sportv junto com a Fox Sports nas partidas do Corinthians. Não conseguiu. O departamento jurídico da emissora reconheceu a derrota.
Foi assim que Danubio e Corinthians e Corinthians e San Lorenzo deixaram a quarta-feira, dia reservado às transmissões da Globo. Passaram para terça-feira, dia 17 deste mês e para a quinta-feira, 16 de abril.
Havia uma enorme expectativa em relação ao jogo do Corinthians esta semana, no Uruguai. Os executivos da Fox Sports ficaram exultantes. Foi um resultado marcante. De acordo com o Ibope, foram 7,03 pontos. Entre as tevês a cabo ficou em primeiro disparado das 20 às 22 horas. E, entre as abertas, só ficou atrás da Globo. Passou todas as outras. As imagens chegaram a 1,6 milhão de residências no País. No público A e B, mais disputado pelo mercado publicitário, ficou encostada na emissora carioca.
Foi a segunda maior audiência do ano entre todos os canais a cabo. Muito mais que os jogos da Champions League. No mesmo dia, à tarde, o vice campeão Atletico de Madrid eliminou o Bayer Leverkusen nas oitavas. A transmissão não chegou à metade do Corinthians. Em 2015, a partida mostrada pela Fox Sports só ficou atrás do filme Capitão América 2, o Soldado Invernal, mostrado pelo Telecine. Isso porque o canal estava fazendo uma promoção e o sinal era aberto a todos os assinantes, mesmo os que não pagam especificamente para assisti-lo.
O resultado, histórico. A Fox Sports promete repetir a dose, usar o Corinthians contra o San Lorenzo, no Itaquerão. Foi uma luta. A Globo desejava também mostrar essa partida. Não queria Danubio e São Paulo, no dia anterior, dia 14 de abril. Mas não conseguiu a inversão.
A emissora carioca sentiu o baque. Não esperava tanta coragem dos executivos de Murdoch. Mas pelo menos estão aliviados, por enquanto. Não há a menor possibilidade de nenhuma partida do Corinthians nos mata-matas. Não neste ano. Nada garante no próximo.
Como era de se esperar, a Fox Sports gostou da experiência. E caso o clube mais popular de São Paulo se classifique para a Libertadores de 2016, a situação para a Globo pode até piorar. Se as donas do direito de transmissão exigirem jogos exclusivos do Corinthians, inclusive nos mata-matas, não há o que fazer.
Com o respaldo de centenas de milhões de dólares, a postura da Fox Sports é bem diferente da Bandeirantes. Aceita as imposições e mostra os jogos que a Globo permite. Porque paga uma pequena parte do que a emissora carioca banca, entre 10% e 20%. Daí não tem direito a exigir nada.
Até a programação diária da nova concorrente está atrapalhando. O programa de debates Fox Sports Radio forçou o fim do Arena, depois de 12 anos. O Sportv criou o Seleção, antecipando seu espaço de conversas sobre futebol também para as 13 horas, assim como o rival. Mas apesar de Neymar e vários outros convidados ao vivo, perdeu a disputa na estreia. O FSR teve 0,22 de audiência. O Bate Bola da ESPN Brasil, 0,17. E o Seleção, 0,10.
Revoltada com o tradicional domínio sobre o Corinthians, a Globo reagiu como pôde. E sacrificou o time de Tite. Não aceitou a antecipação do jogo contra o Capivariano para este sábado. A equipe terá de jogar no domingo, porque a partida será transmitida pela emissora. Assim, o time fará quatro partidas em oito dias : Capivariano (domingo, 22), Portuguesa (terça, 24), Penapolense (quinta, 26) e Bragantino (domingo, 29). Maratona absurda e que pode prejudicar prejudica o clube na Libertadores. Lembrando que a FPF forçou a inscrição de apenas 28 atletas para que nunca equipe alguma não leve só reservas para seus jogos.
A Globo sentiu o baque. E sabe que mais do que honra, é dinheiro que está em jogo. Ambev, Itaú, Johnson & Johnson, Magazine Luiza, Vivo, Volkswagen bancam R$ 1,3 bilhão pelo futebol na emissora. Além da audiência, a Fox Sports está de olho no capital que o principal esporte do país atrai.
A guerra entre Fox Sport e Globo mal começou. Pela primeira vez, a emissora que deteve o monopólio do futebol neste país desde a Ditadura Militar tem concorrência. Os R$ 46,4 bilhões de Murdoch já assustam. E há mais motivo para pavor.
A Turner Broadcasting System, braço da Time Warner, acaba de se tornar sócia majoritária do Esporte Interativo. E como presente comprou com exclusividade três anos de exclusividade da Champions League, de 2015 até 2018. O patrimônio da Time Warner é de 75 bilhões de dólares, cerca de R$ 245 bilhões. A pressão da empresa norte-americana sobre a Net e a Sky para que o Esporte Interativo entre em suas programações é enorme. Por que outra vez há uma estranha rejeição. Como aconteceu com a Fox Sports.
Já há uma silenciosa guerra nos bastidores. A Time Warner também não está recuando. Quer mostrar a Champion League nas operadoras mais importantes do país. Não se importa com a suposta influência da Globosat. Suas armas são pesadas. Canais importantes como a CNN, Warner e o Cartoon Network. Os canais Sportv já sabem que ficaram sem o principal torneio de clubes do mundo até 2018.
Acabou a farra da Globo no futebol deste país…
O Edu Zebini eu conheço bem. Foi ele quem, no Departamento de Esportes da Record, conquistou direitos de transmissão das Olimpíadas, dos Jogos Panamericanos e da Copa dos Campeões. Deixou a Globo na poeira.
O Edu foi com a cara e a coragem pra Europa, falou com as pessoas certas, e quando a Globo percebeu já tinha levado a bola no meio das pernas…
O Edu hoje está na Fox. Ele é quem traça a estratégia da emissora que atazana a Globo.
Nos últimos dias, o Edu meteu outra bola no meio das pernas do Ali Kamel – este eu também conheço bem (ideólogo conservador, escreve livros para negar (!!) que haja racismo no Brasil, e ainda processa blogueiros que criticam a Globo).
Kamel – que é responsável pelo jornalismo e o esporte na Globo – se preocupa com os blogueiros e em fazer política contra o governo, enquanto o Edu cuida da Fox – que esta semana transmitiu com exclusividade o jogo do Corinthians na Libertadores.
A Globo põe futebol às 22h. Desrespeito com o torcedor! A Fox transmite às 20h.
Fora isso, de um lado está o Edu Zebini. De outro, o Ali Kamel. Quem você acha que tá ganhando essa parada?
O Edu está arrebentando a Globo. Mas quem conta a história é o jornalista esportivo Cosme Rímoli – de quem eu era leitor há muito tempo, e com quem tive a alegria de trabalhar no Pan de Guadalajara e nos Jogos Olímpicos de Londres.
*****
Por Cosme Rímoli, em seu blog no R-7
Tudo estava muito tranquilo para a TV Globo e os canais Sportv até 2011. Desde 1995 havia a Fox Sports Latinoamérica. A empresa, um braço da Fox, do bilionário australiano Rupert Murdoch, não incomodava. Crescia na América do Sul, do Norte, Central. Por uma questão estratégica, o Brasil ficava fora do circuito. A multinacional só entraria no país quando estivesse estruturada, diante da importância comercial e da área continental brasileira.
Dinheiro nunca foi problema. A conceituada revista Forbes avalia o patrimônio de Murdoch em 14,1 bilhões de dólares, cerca de R$ 46,4 bilhões. Executivos do canal trataram de comprar os direitos de transmissão dos principais torneios das Américas, do mundo. Foi assim que atropelou a Globo e se tornou dona da Libertadores e da Sul-Americana, em 2011.
Estava tudo certo, já que colocaria no ar seus canais no ano seguinte. Teoricamente. Foi quando a Fox percebeu a força que a Globosat tem no mercado das tevês a cabo no país. A Net e Sky, de maneira muito estranha, se recusava a liberar canais para a emissora mostrar os torneios.
Mesmo assim, a fórceps, exerceu seu direito. E não cedeu a transmissão da Libertadores e da Sul-Americana para os canais Sportv em 2012. Justo nesse ano, o Corinthians foi campeão pela primeira vez do torneio. O sucesso para a Fox foi uma tragédia nos canais Globosat. A pressão ficou insuportável.
Executivos da Fox perceberam que haveria a necessidade de negociar, compartilhar com a Globo. Em troca dos seus dois grandes trunfos, a emissora exigiu três torneios para mostrar ao vivo: o Brasileiro, a Copa do Brasil e a Copa do Mundo.
Tudo certo? Mais ou menos. No Mundial, a Globo exerceu seus privilégios. Principalmente em relação à Seleção. Junto a isso, a pressão exercida enfrentada junto à Net e Sky nunca foi esquecida.
E o troco veio. Na reunião que ficou decidida a tabela da Libertadores deste ano, a empresa de Rupert Murdoch surpreendeu. Resolveu impor os seus direitos de dona da transmissão dos jogos. E exigiu, na confecção da tabela, dois jogos exclusivos do Corinthians. A Globo foi surpreendida. O clube, assim como o Flamengo, são os principais carros chefes do futebol na emissora. A ordem dos executivos é mostrar sempre que possível partidas dos dois.
“A televisão que é hoje um fator de faturamento, fundamental, sem o qual os clubes não sobrevivem…A rede que dá publicidade aos jogo, transmite os jogos (TV Globo)…O diretor mais importante dela disse o seguinte: Corinthians e Flamengo são times. O resto é merrrrrda (…)
“(…) Estou dando essa entrevista porque estou saindo do Grêmio. Por que se eu fosse um dirigente que fosse continuar provavelmente não levaria a público as minhas declarações.”
As revelações da paixão global pelo Corinthians e Flamengo foi escancarada no ano passado pelo vice-presidente do Grêmio, Nestor Hein. Como havia prometido, ele falou e deixou da diretoria do clube gaúcho no final do ano.
A Globo tentou se proteger da exigência de exclusividade da rival. Pelo menos colocar também os canais Sportv junto com a Fox Sports nas partidas do Corinthians. Não conseguiu. O departamento jurídico da emissora reconheceu a derrota.
Foi assim que Danubio e Corinthians e Corinthians e San Lorenzo deixaram a quarta-feira, dia reservado às transmissões da Globo. Passaram para terça-feira, dia 17 deste mês e para a quinta-feira, 16 de abril.
Havia uma enorme expectativa em relação ao jogo do Corinthians esta semana, no Uruguai. Os executivos da Fox Sports ficaram exultantes. Foi um resultado marcante. De acordo com o Ibope, foram 7,03 pontos. Entre as tevês a cabo ficou em primeiro disparado das 20 às 22 horas. E, entre as abertas, só ficou atrás da Globo. Passou todas as outras. As imagens chegaram a 1,6 milhão de residências no País. No público A e B, mais disputado pelo mercado publicitário, ficou encostada na emissora carioca.
Foi a segunda maior audiência do ano entre todos os canais a cabo. Muito mais que os jogos da Champions League. No mesmo dia, à tarde, o vice campeão Atletico de Madrid eliminou o Bayer Leverkusen nas oitavas. A transmissão não chegou à metade do Corinthians. Em 2015, a partida mostrada pela Fox Sports só ficou atrás do filme Capitão América 2, o Soldado Invernal, mostrado pelo Telecine. Isso porque o canal estava fazendo uma promoção e o sinal era aberto a todos os assinantes, mesmo os que não pagam especificamente para assisti-lo.
O resultado, histórico. A Fox Sports promete repetir a dose, usar o Corinthians contra o San Lorenzo, no Itaquerão. Foi uma luta. A Globo desejava também mostrar essa partida. Não queria Danubio e São Paulo, no dia anterior, dia 14 de abril. Mas não conseguiu a inversão.
A emissora carioca sentiu o baque. Não esperava tanta coragem dos executivos de Murdoch. Mas pelo menos estão aliviados, por enquanto. Não há a menor possibilidade de nenhuma partida do Corinthians nos mata-matas. Não neste ano. Nada garante no próximo.
Como era de se esperar, a Fox Sports gostou da experiência. E caso o clube mais popular de São Paulo se classifique para a Libertadores de 2016, a situação para a Globo pode até piorar. Se as donas do direito de transmissão exigirem jogos exclusivos do Corinthians, inclusive nos mata-matas, não há o que fazer.
Com o respaldo de centenas de milhões de dólares, a postura da Fox Sports é bem diferente da Bandeirantes. Aceita as imposições e mostra os jogos que a Globo permite. Porque paga uma pequena parte do que a emissora carioca banca, entre 10% e 20%. Daí não tem direito a exigir nada.
Até a programação diária da nova concorrente está atrapalhando. O programa de debates Fox Sports Radio forçou o fim do Arena, depois de 12 anos. O Sportv criou o Seleção, antecipando seu espaço de conversas sobre futebol também para as 13 horas, assim como o rival. Mas apesar de Neymar e vários outros convidados ao vivo, perdeu a disputa na estreia. O FSR teve 0,22 de audiência. O Bate Bola da ESPN Brasil, 0,17. E o Seleção, 0,10.
Revoltada com o tradicional domínio sobre o Corinthians, a Globo reagiu como pôde. E sacrificou o time de Tite. Não aceitou a antecipação do jogo contra o Capivariano para este sábado. A equipe terá de jogar no domingo, porque a partida será transmitida pela emissora. Assim, o time fará quatro partidas em oito dias : Capivariano (domingo, 22), Portuguesa (terça, 24), Penapolense (quinta, 26) e Bragantino (domingo, 29). Maratona absurda e que pode prejudicar prejudica o clube na Libertadores. Lembrando que a FPF forçou a inscrição de apenas 28 atletas para que nunca equipe alguma não leve só reservas para seus jogos.
A Globo sentiu o baque. E sabe que mais do que honra, é dinheiro que está em jogo. Ambev, Itaú, Johnson & Johnson, Magazine Luiza, Vivo, Volkswagen bancam R$ 1,3 bilhão pelo futebol na emissora. Além da audiência, a Fox Sports está de olho no capital que o principal esporte do país atrai.
A guerra entre Fox Sport e Globo mal começou. Pela primeira vez, a emissora que deteve o monopólio do futebol neste país desde a Ditadura Militar tem concorrência. Os R$ 46,4 bilhões de Murdoch já assustam. E há mais motivo para pavor.
A Turner Broadcasting System, braço da Time Warner, acaba de se tornar sócia majoritária do Esporte Interativo. E como presente comprou com exclusividade três anos de exclusividade da Champions League, de 2015 até 2018. O patrimônio da Time Warner é de 75 bilhões de dólares, cerca de R$ 245 bilhões. A pressão da empresa norte-americana sobre a Net e a Sky para que o Esporte Interativo entre em suas programações é enorme. Por que outra vez há uma estranha rejeição. Como aconteceu com a Fox Sports.
Já há uma silenciosa guerra nos bastidores. A Time Warner também não está recuando. Quer mostrar a Champion League nas operadoras mais importantes do país. Não se importa com a suposta influência da Globosat. Suas armas são pesadas. Canais importantes como a CNN, Warner e o Cartoon Network. Os canais Sportv já sabem que ficaram sem o principal torneio de clubes do mundo até 2018.
Acabou a farra da Globo no futebol deste país…
Nenhum comentário:
Postar um comentário