sexta-feira, 29 de maio de 2015

Combater imposto sobre milionários é nova bandeira do “Fora Dilma”?

29 de maio de 2015 | 08:59 Autor: Fernando Brito

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Escapou-me ontem comentar a matéria do Estadão sobre os “Grupos anti-Dilma vão ao Congresso exigir a ‘rejeição’ à taxação de grandes fortunas”.
Não tanto porque esta turma é contrária a qualquer ideia de justiça social e acha Miami o centro do cultura humana.
Mas porque ela revela que, além de Rogério Chequer, outro líder do movimento é Colin Butterfield, executivo do grupo Cosan, sócio brasileiro da Shell.
A decisão de colocar a rejeição à taxação dos bilionários – tema que a gente mostrou ontem aqui que é “proibido” –  está causando rebuliço com alguns dos (poucos) grupos que não querem ser revelados como defensores dos bilionários.
Veja o o que “enfiaram” no documento do sonhado impeachment:
“­ Um dia depois da marcha organizada pelo Movimento Brasil Livre em defesa do impeachment da presidente Dilma Rousseff chegar ao Congresso Nacional será a vez dos grupos oposicionistas que compõem a Aliança Nacional dos Movimentos Democráticos se reunirem “…), com políticos de oposição. Eles exigirão, entre outras coisas, a rejeição à taxação de grandes fortunas e impostos sobre heranças, pautas que não constavam entre as reivindicações dos grupos que foram às ruas em abril e maio nos protestos…
E quem é o articulador do “no meu não, pobretão”?
Segundo fica claro na declaração de um dos que se recusaram ao “contrabando” no texto, é Colin Butterfield.
“Colin (Butterfield, um dos líderes do Vem Pra Rua) me ligou e pediu para eu participar, mas resolvi ficar longe de tudo. Estou sabendo por você que eles têm essa proposta (de pedir a rejeição da taxação a grandes fortunas)”, disse o líder do Quero Me Defender, Cláudio Camargo.”
E quem vem a ser este brasileiro de nome inglês?
Diretor da Cosan Alimentos, empresa do grupo de usineiros que controla a venda de açúcar.
Um doce, não é?
Depois de  Chequer, ex-especulador de fundos nos Estados Unidos, um diretor da sócia da Shell…
Vejam a história de Butterfield, narrada pela insuspeitíssma Veja, onde sublinho:
Colin Butterfield
Colin Butterfield, um dos organizadores(Cosan/Divulgação)
Um grupo de empresários se organiza nas redes sociais para realizar passeatas em favor do candidato tucano Aécio Neves, no próximo dia 16, na capital paulista, em Belo Horizonte e em Brasília. O movimento, intitulado ‘Vem pra rua’, numa clara alusão às manifestações de junho de 2013,convoca os indignados com o atual governo a protestar em favor de melhorias nos serviços públicos e contra a corrupção.Encabeçado pelo executivo Colin Butterfield, o grupo decidiu apoiar o tucano por acreditar que ele “é o candidato da mudança”. As passeatas estão sendo organizadas por meio das redes sociais e contam com apoio de grupos de alunos do Insper, em São Paulo.
A iniciativa começou apartidária no início de setembro com o nome de ‘Basta’. Os organizadores convocaram os indignados para a passeata, que não conseguiu reunir uma centena de adeptos na avenida Paulista. “Queríamos que viralizasse e resultasse numa manifestação clamando por um país mais ético, mais correto e com mais respeito ao cidadão. Mas não deu certo”, afirma Butterfield. Em sua reedição, os empresários convocaram outros grupos de indignados nas redes sociais e renomearam o movimento. Decidiram associá-lo à imagem de Aécio, mas afirmam não ter qualquer ligação com o PSDB. “É um movimento claramente de oposição, e o Aécio, hoje, personifica esse sentimento.Mas não tem nada a ver com o partido, tanto que entre os organizadores e apoiadores, há aqueles que apoiavam a Marina”, afirma o empresário.
É mesmo o “Go to Street”…

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