quarta-feira, 27 de maio de 2015

ALTARES SAGRADOS - texto de Jorge Kuster Jacob


Nos últimos tempos a água tem sido uma grande preocupação da humanidade. Aqui no
Brasil tem deixado muita gente preocupada.

A gente valoriza certas coisas depois que começamos a perdê-la ou quando temos que
fazer um enorme esforço para tê-la.

A água é uma dessas riquezas que precisamos valorizar mais. Proteger. Salvar.

A busca por terra para plantar durante muito tempo foi à tona da humanidade. Mas terra
sem água não tem sentido. Nas últimas décadas a irrigação na agricultura e o
crescimento das grandes cidades têm tornada essa fonte de vida muito escassa.

Desde a pré-história a procura por água é a busca do ser humano pela sua sobrevivência.

Os livros de história nos contam que durante a Idade Antiga, foi ao longo dos rios
ladeados por grandes desertos de areia que as civilizações fluviais floresceram e
estabeleceram a base da nossa humanidade.

Podemos destacar a Civilização Egípcia que seus filósofos chegaram a afirmar que o
“Egito é uma dádiva do rio Nilo”.  Verdade. Se não fossem os humos tragos pelas
cheias do Nilo que depositadas as suas margens proporciona a sua fertilização e o
desenvolvimento da agricultura e em consequência do próprio Egito.

Interessantíssimo à participação do Rio Jordão na história e filosofia de amor ao
próximo do povo hebreu. Povo esse escolhido para acolher o Salvador do mundo, Jesus
Cristo.

E a Mesopotâmia que o próprio nome significa “região entre rios”. Os rios Eufrates e
Tigre abasteciam e irrigavam a agricultura destes povos.

A Civilização Hindu (hoje a Índia) tem a importância da sua agricultura e seu ritual
religioso nos rios Hindu e Ganges.

E a Civilização Chinesa tem as cores da sua religiosidade, da sua cultura e economia nas
forças dos rios Amarelo e Azul.

Como podemos ver: nessa região do Oriente Médio e proximidades não existia
córregos, lagos, cacimbas, nascentes e rios como aqui no Brasil.

Na América temos conhecimento que os povos incas, maias e astecas tinham avançadas
técnicas de irrigação.

Algumas civilizações consideravam a água ou seus fenômenos como irmã ou deuses.

E depois na Revolução Industrial como é vista a nossa sagrada água?

É apenas mais um elemento para compra e troca no sentido de lavar e purificar a
exploração de um irmão pelo outro?

Tornar a água sagrada ou até mesmo um deus como o povo pré-histórico fazia não
tornaria este elemento um deus, sagrado, infinito?

Rezar, venerar, reverenciar e fazer por ela verdadeiros projetos de proteção de suas
nascentes e tornar estas fontes altares de Deus e assim sagrados e intocáveis poderia ser
a salvação da nossa humanidade.

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