No último sábado (23/5), o jornalista Luis Nassif denunciou em seu site, o portal GNN, ser alvo de seisações cíveis de jornalistas, cinco delas de profissionais da revista Veja, e dos políticos Gilmar Mendes, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), e Eduardo Cunha, presidente da Câmara. Além do diretor da Globo, Ali Kamel.
Crédito:Reprodução/Facebook
Jornalista alega que ações contra ele são abusivas
Entre os jornalistas que entraram na Justiça contra ele estão Eurípedes Alcântara, Mário Sabino, Diogo Mainardi e Lauro Jardim. À IMPRENSA, Nassif disse que a situação de profissionais da mídia tradicional comparada à de blogueiros é desproporcional.
"São ações abusivas. Os jornalistas que têm sites pequenos precisam pagar advogados. O CNJ [Conselho Nacional de Justiça] fica paralisado. Não há defesa da categoria nestes casos. E quando vai para o judiciário, apenas grandes veículos têm maior defesa", explicou.
No texto, o jornalista relata que apontou conflitos de interesse com Mendes julgando ações de escritórios de advocacia em que a esposa dele trabalha e de grandes grupos que patrocinam eventos do Instituto Brasiliense de Direito Público.
Nassif relembra também do processo de Kamel. O diretor das Organizações Globo alega que o jornalista começou, em dezembro de 2008, uma "campanha difamatória" ao dizer que ele "engana seu público, faz armações e deturpa fatos".
Em decisão de primeira instância, divulgada em janeiro deste ano, a juíza Larissa Pinheiro Schueler, da 26.ª Vara Cível do Rio de Janeiro, afirmou que Nassif "extrapola o direito à informação, utilizando termos que certamente denigrem a imagem da parte autora", e estabeleceu uma indenização de R$ 50 mil.
"Censurando os críticos, asfixiando-os economicamente, quem conterá os abusos de Gilmar, de Cunha e de Kamel?", questionou o jornalista. "Há uma ameaça concreta à liberdade de imprensa nessa enxurrada de ações", acrescentou.
* Com supervisão de Vanessa Gonçalves
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