quarta-feira, 11 Novembro, 2015 - 09:15
Agricultores da Comunidade Coroatá (PI)
Durante muitos anos, nove agricultores piauienses de uma mesma família, trabalharam como meeiros num dos carnaubais de Campo Maior (PI), retirando matéria prima para a produção de vassouras e cestos. Não tinham casa, transporte e a renda obtida era dividida com o dono da terra. Em 2008, surgiu a oportunidade de adquirirem os 275 hectares em que trabalhavam, pelo Programa Nacional de Crédito Fundiário (PNCF) do MDA. A realidade começou a mudar.
Os agricultores criaram a Comunidade Coroatá e com o recurso não reembolsável, previstos na linha do PNCF - Combate à Pobreza Rural (CPR), estruturaram a propriedade. Construíram as casas, com luz e água encanada, espaço para tratar e armazenar a matéria prima e as vassouras e adquiriram pequenos animais para consumo e comercialização. Dessa forma mostraram que é possível viver do extrativismo da carnaúba de maneira sustentável, conciliando renda e preservação ambiental.
Para o presidente da Comunidade Coroatá, Gilberto Vasconcelos Costa, os ganhos foram enormes. “Temos terra, casa boa para morar e matéria prima de graça. Produzimos cerca de 18 milheiros de vassouras por mês, o que nos dá o dobro da renda que ganhávamos antes. Estamos melhores agora”, completou.
Gilberto conta, ainda, que a palha desperdiçada na produção de vassouras vira adubo orgânico, ou “bagana” como é mais conhecido, que é utilizado no cultivo do milho, do feijão, da abóbora, da mandioca e na horta comunitária, criada recentemente.
Dados do Programa
O Piauí é o segundo estado brasileiro em número de famílias atendidas pelo PNCF, são mais de 18 mil beneficiários, num investimento de mais de R$ 300 milhões. No Brasil já são mais de 136 mil famílias atendidas, com um investimento de aproximadamente de R$ 4 bilhões.
Ascom / MDA
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