terça-feira, 22 de maio de 2012

Setor de inteligência da Polícia atua no combate ao tráfico de animais silvestres em Santa Teresa e região


Captura ou posse de animais é crime passível de multa e caçadores podem ir até para cadeia

Diretor técnico do Museu, Rosemberg Martins com o comandante Jair da Silva: parte dos
animais apreendidos pela Polícia vão para o Museu de Biologia Mello Leitão
Fabricio Ribeiro
Assessoria PMST
Com informações de Bruno Lyra
Caça de animais silvestres, inclusive a captura de pássaros, há muito deixou de ser uma atividade de lazer ou hobby. A atividade é crime e, muitas vezes, ligada a um esquema conhecido como tráfico de animais silvestres.
"Na região existe tráfico de animais silvestres e a polícia possui um serviço de inteligência que ajuda na identificação dos responsáveis", informou o Tenente Jair Luiz Silva, comandante do 2º Pelotão da Polícia Ambiental, que atende Santa Teresa e municípios vizinhos.
“Santa Teresa e Santa Maria, por exemplo, possuem mais de 40% do território coberto por mata Atlântica. Por isso é grande a ocorrência de captura e caça, pois aqui ainda há um bom número de animais silvestres”, explicou.
Jair informou que cada animal silvestre mantido em cativeiro pode gerar multa até R$ 5 mil, caso a espécie seja ameaçada de extinção, como o papagaio.
Só em 2011 foram apreendidas mais de 50 armas de fogo na região em posse de caçadores. “Existe uma cultura, a maioria faz por prazer. Mas a caça é crime ambiental.
O comandante orientou que quando algum animal nativo, como cobra, por exemplo, gerar riscos a vida humana, a Polícia Ambiental deve ser acionada. O mesmo deve ser feito em caso de proliferação desordenada de fauna silvestre, como tem ocorrido com as capivaras na região.
Além das legislações estaduais e municipais que preveem sanções administrativas, a Lei de Crimes Ambientais (lei federal 9.605/98) dão suporte ao trabalho da polícia.
“Quem é flagrado cometendo algum tipo de crime ambiental é detido e vai responder processo criminal. E ainda pode ser multado em valores que vão de R$ 50 a R$ 50 milhões” alertou o Comandante.
Reintrodução de animais
Animais silvestres apreendido pela Polícia são levados para o Museu Melo Leitão, onde passam por avaliação. Os que precisam de tratamento são levados para o Cereias (Centro de Reintrodução de Animais Selvagens) em Aracruz.
O tenente lembrou que a entrega voluntária de animais mantidos em cativeiro ou armas e apetrechos de caça não gera multa nem processo criminal. 
Cidade é sede regional da Polícia Ambiental
O 2º Pelotão pertence a 2ªCompanhia do Batalhão de Polícia Militar Ambiental (BPMA), sediada em Colatina. Além de Santa Teresa que é a sede, o 2º Pelotão abrange outros sete municípios: Santa Maria de Jetibá, São Roque, Itarana, Itaguaçu, João Neiva, Ibiraçu e Aracruz. Atende também ocorrências nos municípios vizinhos a esta circunscrição, principalmente Santa Leopoldina e Fundão.
A Polícia Ambiental trabalha em parcerias com diversas instituições como a Prefeitura Municipal de Santa Teresa, além de órgãos estaduais e federais.
O 2º Pelotão da 2ª Cia do BPMA funciona no antigo hospital, no prédio onde atualmente residem os padres Franciscanos. Fica na rua Coronel Bomfim Júnior, nº 354, Centro.
O telefone é 3259 – 3386. Também pode ser acionado pelo telefone 24hs da 2ª Cia em Colatina, 3711 – 8151. O e-mail épelotao.steresa@gmail.com
Fabricio Ribeiro
Jornalista

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