domingo, 14 de fevereiro de 2016

Circulação Estadão: queda controlada e esperança digital

by Coleguinhas
Os números do Estado de São Paulo mostram uma realidade não muito diferente daquela dos outros dois jornais já analisados., na edição impressa, mas com uma importante diferença no que se refere às assinaturas digitais. A redução de circulação média total, de segunda a domingo, da edição impressa do jornal dos Mesquita no ano de 2015, negativa em 8,9%, coloca-se, porém, num meio termo entre a do Globo e a da Folha de São Paulo, sendo um maior do que o diário carioca (de – 5,55%), mas quase a metade da de seu concorrente paulista (-15,08%). Ao mesmo tempo, porém, o desempenho da edição digital “pura” dá um alento maior ao tradicional jornal paulistano do que aos concorrentes.
A seguir, a tabela e os gráficos com os dados de janeiro de 2014 a dezembro de 2015.

20160214_estadao_gráfico_circulacao_jan-14_dez-15

20160214_estadao_tabela_circulacao_jan-14_dez-15

Análise
1. A redução total de circulação de janeiro para dezembro de 2015, como já dito, foi de 8,9% (de 241.913 para 220.388).
2. No mesmo período de 2014, houvera aumento da circulação total de 1,72% (233.415/237.424).
3. Na edição impressa, a redução, em 2015, foi de 6,08% (158.807 para 149.242, menos 9.565 exemplares) .
4. No mesmo período do ano anterior, a queda foi semelhante em termos percentuais ( - 6,61%) e um pouco maior em termos absolutos: 11.555 exemplares menos. Assim, no total do período mais longo, queda da circulação de exemplares da edição impressa foi de 25.627 (- 14,65%)
5. A edição digital trouxe boas notícias para os Mesquita em 2015, apresentando um aumento de 13,03% - de 38.152 para 43.122, um acréscimo de 4.970 assinaturas.
6. Em 2014, então, fez sorrir ainda mais o clã, com um desempenho brilhante de 137,74% a mais (12.296/29.233). Assim, no período de janeiro de 2014 a dezembro de 2015, a edição digital do Estadão teve um desempenho extraordinário, com elevação de 250,7% ou 30.826 assinaturas a mais.
7. O bom desempenho das assinaturas digitais puras em 2015 não chegou a compensar a queda das assinaturas híbridas (digital+impressa) no ano – percentualmente, a redução foi de 37,59% (de 44.954 para 28.024),
8. No entanto, com a inclusão de 2014 na conta, há mais que compensação – as assinaturas híbridas caíram de 46.250, em janeiro de 2014, para 28.024, em dezembro de 2015 (menos 39,41%), um ganho líquido, incluindo as digitais puras, de 12.630 assinaturas.
9. O resultado positivo das assinaturas que envolvem o digital mostra que o Estado tem conseguido abrir caminho para o mundo digital com mais eficiência que seus dois concorrentes nacionais diretos. Essa passagem pode ser bem vista no gráfico, onde se observa o cruzamento das curvas, ocorrido de maio para junho de 2015, quando as assinaturas digitais puras superaram as híbridas.
10. O excelente avanço nas edições digitais é um dado muito aponta o caminho que deve ser seguido pelo Estado e lhe dá a perspectiva de um futuro melhor do que a seus concorrentes. Ao que parece, o público do Estado sanciona seu projeto de jornal e, embora menor do que os de Folha e Globo, é mais firme neste apoio.

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