sábado, 20 de fevereiro de 2016

Renato Bialetti, Um dos reis do café italiano repousa agora na sua cafeteira

Renato Bialetti, o homem que fez da Moka Express um clássico do design mundial, morreu aos 93 anos. As suas cinzas foram depositadas numa cafeteira tamanho XL. 


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SARA SILVA ALVES 
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Nasceu no negócio das cafeteiras e nelas descansam agora os seus restos mortais. Renato Bialetti, o empresário italiano que transformou um simples aparelho de alumínio num clássico mundial do design, morreu na passada semana, com 93 anos de idade. Reflexo do seu percurso e seguindo os desejos do próprio e da sua família, as suas cinzas foram depositadas numa Moka Express, a célebre cafeteira que milhões de pessoas guardam em casa e que o tornou célebre em Itália e no mundo.
Bialetti não inventou a Moka — apenas a exponenciou. Alfonso Bialetti, pai de Renato, era um fornecedor de alumínios que acabou por comprar a patente do projecto a Luigi di Ponti, o verdadeiro criador da Moka. Esta era uma cafeteira de pressão que fazia café através do vapor de água e veio substituir o modelo tradicional de produção de café “à napolitana”. A sua produção foi iniciada em 1933 e acredita-se que até à Segunda Guerra Mundial se tenham produzido 70 mil peças por ano.
No entanto, as vendas da fábrica de Alfonso Bialetti não corriam tão bem como esperado. Renato sonhou mais alto e acabou por assumir o negócio do pai nos anos de 1940. Introduziu novidades ao nível do design, adoptou a produção em escala do produto e apostou numa campanha de marketing com o objectivo de fazer aumentar as vendas.
A figura do pequeno homem gravada nas cafeteiras é reconhecida em toda a Itália DR
Esta campanha consistia na gravação de L’Omino con i baffi, um pequeno homem com bigode, na base de todas as cafeteiras. A figura do pequeno homem com dedo em riste a pedir mais um expresso, criada por Paul Campani, pode ter sido inspirada no próprio Renato ou no seu pai. Nos dias de hoje, continua a ser uma figura reconhecida em toda a Itália.
Bialetti sempre trabalhou na indústria dos alumínios, passando por uma fundição em França, para onde emigrou jovem, em 1918. Quando regressou à terra natal, abriu a sua própria fundição, a Alfonso Bialetti & C.
Estima-se que 330 milhões de Moka Express tenham sido vendidas em todo o mundo. A peculiar urna em forma de Moka tamanho XL, onde repousam agora os restos mortais de Bialetti, ficará no jazigo da família em Omegna, Itália. E a máquina a que o italiano deu vida continuará a viver depois da sua morte.
Fonte: Publico.pt

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