quinta-feira, 4 de fevereiro de 2016

Funcionários da Record se mobilizam contra extensão do horário de trabalho


Redação Portal IMPRENSA 04/02/2016 13:30

Funcionários da Rede Record decidiram se mobilizar, com apoio do Sindicato dos Jornalistas Profissionais de São Paulo (SJSP), contra a extensão do horário de trabalho por conta do intervalo de interjornada.

Crédito:Reprodução
Empresa quer ampliar horário de trabalho dos funcionários
No último dia 28 de fevereiro, aproximadamente 100 jornalistas se reuniram numa assembleia para discutir o anúncio da empresa de que as equipes teriam de permanecer uma hora a mais e formalizar uma hora de interrupção no meio da jornada para descanso e refeição.

O Sindicato reforçou que, de acordo com as leis trabalhistas, o intervalo de descanso de uma hora é obrigatório para jornadas superiores a seis horas de trabalho. Em jornadas de seis horas, o intervalo é de 15 minutos.

"A TV Record, como muitas outras empresas jornalísticas, pratica desde sempre uma jornada ininterrupta de trabalho, sem intervalo para descanso. Agora, de um dia para outro, decide impor sem qualquer discussão a reorganização do esquema de trabalho", criticou.

Na assembleia, os jornalistas e a entidade decidiram propor à empresa o adiamento da medida por um mês, para haver debate entre os funcionários e a empresa para a buscar de uma solução; e a redução da jornada de trabalho, sem interferir no salário, para seis horas, com 15 minutos de intervalo, para que as atividades possam ser feitas sem interrupção.

Outros pontos discutidos foram as escalas de fim de semana e de feriados, a campanha salarial, além da proposta de 5% de reajuste. O SJSP apresentou as demandas à empresa, que teria sido intransigente. "Afirmou que a medida entraria em vigor na segunda-feira de qualquer forma, e descartou a discussão sobre a redução de jornada", disse a entidade.

Na última quarta-feira (3/2), o Sindicato enviou um ofício com as reivindicações que pretende negociar. Os funcionários da emissora puderam enviar denúncias relativas à aplicação do novo esquema de trabalho por e-mail.

Procurada por IMPRENSA, a Record disse que não comenta o assunto.

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