quarta-feira, 21 de outubro de 2015

Enxerto ajuda desenvolvimento da produção de tomates em assentamento gaúcho



Publicado dia 20/10/2015
foto: arquivo MorgueFile/ KConnors

Uma experiência de enxerto no assentamento Giruá 1, município de Giruá (RS) no noroeste riograndense, com o uso de mudas de tomates cerejas resistentes a uma bactéria que ataca o fruto (murcha-bacteriana) tornou-se referência de produtividade e de resistência a doença, após muitas tentativas que não deram certo. O experimento foi realizado no lote do agricultor Claudiomiro Vargas Leite. Foram três anos de experiência, com a utilização de cerca de 600 mudas, plantadas dentro de uma estufa, com irrigação por gotejamento de água.
A técnica foi aplicada por profissionais da Cooperativa de Trabalho em Serviços Técnicos Ltda (Coptec), uma das prestadoras de assistência técnica contratada pelo Incra-RS. Para chegarem a um resultado satisfatório, que aumenta em três vezes o ciclo de produção, eles mudaram o solo em dez oportunidades. “O corte até o meio do caule e ao contrário (enxertando o híbrido na parte de cima) e os tomates cerejas na base, e com a fixação de grampos especiais ajudou no desenvolvimento da planta”, afirma Clóvis Ribeiro, um dos técnicos.
Evolução da produção
Após, o uso do enxerto foi aplicado em 1.500 mudas, que deram uma colheita de cerca de 6 mil quilos. “Já plantei mil pés de tomates agora e pretendo até o final da semana chegar a mais mil”, menciona o agricultor, que diz que quer chegar a 4 mil pés até o ano que vem. Para que isso aconteça está com duas estufas prontas e finalizando mais duas.
Para escoar a produção do tomateiro, de hortaliças e de frutas, o assentado participa de uma feira municipal que acontece na região central da cidade duas vezes por semana. “Vendo uma média de 130 quilos de tomate a R$ 3 o quilo”, afirma ele, destacando que os clientes elogiam o sabor, que acham adocicado. A comercialização do produto em mercados locais, também, ajuda na renda do agricultor.

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