terça-feira, 6 de outubro de 2015

Presidente da Abert pede que sinal analógico não seja desligado em 2016

  • 06/10/2015 22h57
  • Brasília
Marcelo Brandão - Repórter da Agência Brasil
O presidente da Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert), Daniel Slavieiro, fez um apelo ao governo federal para que o sinal analógico não seja desligado em 2016. Para Slavieiro, a situação econômica do país dificultou a transição do sinal analógico para o digital. O presidente da entidade defende o cancelamento do sinal analógico não seja feito em 2016, como estava nos planos do governo.
“A televisão aberta está enfrentando o maior desafio que é o desligamento do sinal analógio. Temos um cronograma apertadíssimo. Em 2016, Brasília, São Paulo, Goiânia, Rio de Janeiro e Belo Horizonte terão os sinais analógicos desligados”, disse o presidente da Abert durante o 27º Congresso Brasileiro de Radiodifusão hoje (6), em Brasília.
Brasília - A presidenta Dilma Rousseff participa do 27 Congresso Brasileiro de Radiofusão com o tema O rádio e a TV na transição para o futuro, no Centro de Convenções Brasil 21 (Valter Campanato/Agência Brasil)
O 27º Congresso Brasileiro de Radiodifusão termina amanhã e debate temas como o futuro da TV Valter Campanato/Agência Brasil
Para Slavieiro, as condições econômicas do país podem fazer com que famílias não consigam comprar o aparelho conversor (setup box) ou uma televisão mais moderna. “Será que vamos criar mais um ônus para a população, que é comprar o setup box ou uma televisão nova, para continuar assistindo sua novela? Temos que nos perguntar: será que faz sentido colocar mais esse ônus na população em um ano que deve ser de recuperação econômica?”
A resposta do governo federal durante a cerimônia foi positiva. O ministro das Comunicações, André Figueiredo, destacou que não tomará decisões sem consultar o setor. “O setor de radiodifusão pode ter absoluta convicção de que discutiremos incansavelmente para que o cidadão não saia prejudicado. Vamos dialogar para que não haja prejuízo nem ao cidadão e nem às emissoras”.
Também presente no evento, a presidenta da República, Dilma Rousseff, falou em dialogar para resolver os problemas, mas frisou que o objetivo é levar o sinal à grande maioria da população. “Temos que garantir que pelo menos 93% dos domicílios tenham condições de receber o sinal digital. Temos que buscar o impossível, porque sabemos que o impossível eleva nossa capacidade de realização. Tenhamos a serenidade de discutir, dialogar e decidir. Tenham certeza que queremos que essa transição seja a menos problemática possível”.
O congresso, que ocorre hoje (6) e amanhã (7), vai debater a comunicação. Dentre os temas a serem abordados amanhã em palestras estão o futuro da TV e os desafios da radiodifusão para se adaptar à convergência digital e às novas tecnologias.
Está prevista ainda uma palestra do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, sobre pautas de interesse da radiodifusão que tramitam na Câmara. A flexibilização da Voz do Brasil e a restrição à publicidade serão abordados.
Edição: Fábio Massalli

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