segunda-feira, 6 de agosto de 2012

Ministro da Agricultura Mendes Ribeiro quer regionalizar política agrícola e defesa



Mendes Ribeiro quer regionalizar política agrícola e defesa
A menos de um mês de completar seu primeiro ano no cargo, o ministro da Agricultura, Mendes Ribeiro, começa a dar linhas finais ao seu principal projeto à frente da Pasta: a regionalização das ações de defesa agropecuária e política agrícola.

O projeto, que será lançado oficialmente no mês que vem, durante a 35 ª Expointer, prevê a criação de superintendências regionais, com equipes específicas voltadas para atender as diferentes demandas de produtores rurais em cada região do país.
“Teremos casas do Ministério da Agricultura em todos os Estados, onde serão tratados temas como defesa agropecuária e política agrícola. As demandas de cada região serão analisadas localmente”, afirma Mendes Ribeiro.
O ministro garante que o plano será a principal marca de sua gestão. “Quero colocar o ministério perto de todos os agricultores”. Seu objetivo, afirma, é fortalecer as relações entre a União e os Estados na implementação da política agrícola brasileira.
“Estou entusiasmado com a regionalização e a participação dos Estados. Vamos trabalhar em conjunto com cada governador para atender às necessidades locais”, enfatizou.
Um projeto piloto será implementado na Região Sul, provavelmente em propriedades da região de Rosário do Sul, Bento Gonçalves e Bagé.
O objetivo é criar mecanismos para melhorar a produtividade e renda desses produtores, com a adoção de práticas agrícolas mais modernas. “A ideia é ter um modelo que possa ser facilmente replicado em qualquer região do país”, explica.
O ministro destacou que órgãos vinculados ao ministério, como a Embrapa e a Conab, terão papel essencial na implementação das ações em cada região.
Um exemplo de regionalização é o acompanhamento da vacinação de rebanhos contra a febre aftosa. Regiões onde os riscos de contaminação dos rebanhos são maiores, como as áreas de fronteira no Sul e no Centro-Oeste, poderão ter tratamento diferenciado das demais.
A mesma estratégia também deverá ser implementada para atender a agricultores com crédito e seguros específicos para sua produção e de acordo com as características específicas de suas regiões.
O ministro defendeu o fortalecimento das relações entre a União e os Estados na implementação da política agrícola brasileira. “Podemos definir prioridades e agir rapidamente em uma região com as demandas analisadas caso a caso. É importante que o Ministério da Agricultura esteja sempre trabalhando ao lado do produtor”, afirmou Mendes.
A criação de regionais é vista como uma forma de “organizar” melhor o trabalho e estabelecer políticas mais coerentes com as necessidades de cada local.
Ele cita como exemplo o fato de todo ano o governo realizar inúmeros leilões de transporte de milho do Centro-Oeste, onde a demanda é pequena, para regiões onde há escassez.
“Podemos começar a estimular o plantio de milho e outras culturas em regiões que sofrem com a falta do grão. Assim, ela será autossuficiente e não ficará sem o produto”, explica.
O programa prevê a criação de um secretário responsável por cada região do país. “Terei cinco secretários e a responsabilidade de toda a inspeção e fiscalização muito mais próxima. Terei muito mais controle do que acontece. E essa secretaria vai ficar subordinada à secretaria-executiva”, explica Mendes Ribeiro.
O ministro avalia que as novas posições devem ser obrigatoriamente preenchidas por técnicos. Todos os funcionários deverão ser de carreira e será obrigatória a realização de um curso preparatório. “Nem todo servidor será obrigado a fazer o curso, agora o servidor que não fizer não será coordenador”, diz. (TV)

VALOR ECONOMICO

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