segunda-feira, 5 de outubro de 2015

Brasil reduz vulnerabilidade social em regiões metropolitanas

As maiores evoluções ocorreram nas dimensões “Renda e Trabalho” e “Capital Humano”
Entre 2000 e 2010, o Brasil reduziu a vulnerabilidade social nas 16 Regiões Metropolitanas (RMs) analisadas pelo Ipea. Complementar ao Atlas da Vulnerabilidade Social nos Municípios, divulgado no início de setembro, uma nova publicação e uma base de dados – disponível no endereço http://ivs.ipea.gov.br – trazem o Índice de Vulnerabilidade Social (IVS) das RMs de Belém, Belo Horizonte, Vale do Rio Cuiabá, Curitiba, Região de Desenvolvimento Integrado do Distrito Federal (RIDE-DF), Fortaleza, Goiânia, Manaus, Natal, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, Salvador, Grande São Luís, São Paulo e Grande Vitória e de suas Unidades de Desenvolvimento Humano (UDHs).
O melhor IVS foi observado nas RMs de Porto Alegre (0,270), do Vale do Rio Cuiabá (0,284) e de Curitiba (0,285), todas na faixa da baixa vulnerabilidade social. A redução foi, comparativamente, maior na RM do Vale do Rio Cuiabá (31%), que passou de um IVS de 0,412 (alta vulnerabilidade social), em 2000, para 0,284 (baixa vulnerabilidade social), em 2010.

Evolução
As maiores evoluções ocorreram na dimensão renda e trabalho e foram observadas em 14 das 16 Regiões Metropolitanas em estudo. A diminuição da vulnerabilidade social associada à renda e trabalho ocorreu, em maior proporção, em RMs das regiões Sul e Sudeste, a exemplo das RMs de Curitiba, Belo Horizonte, Porto Alegre, Grande Vitória e São Paulo.
Na dimensão capital humano, a diminuição mais expressiva da vulnerabilidade social ocorreu em Curitiba (34%) - nenhuma Região Metropolitana estudada apresentou evolução inferior a 26%. A dimensão infraestrutura urbana foi a que registrou os menores progressos, não havendo casos de aumento da vulnerabilidade. Variações superiores a 10% foram observadas apenas nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste,
A Região Metropolitana da Grande São Luis, mesmo apresentando a maior evolução na infraestrutura urbana (redução de 24%), ainda permaneceu com a maior vulnerabilidade entre as 16 RMs analisadas, especialmente no que diz respeito ao “acesso ao saneamento (água, esgoto e coleta de lixo)” e ao “tempo de deslocamento casa-trabalho”. O seu IVS em 2010 foi de 0,527 - única ainda na faixa da muito alta vulnerabilidade social nesta dimensão.
Análise intraurbana
Uma divisão do espaço metropolitano em Unidades de Desenvolvimento Humano permitiu observar detalhadamente os resultados do IVS e seus indicadores. As 16 Regiões Metropolitanas analisadas agregam cerca de 10 mil UDHs, que apresentaram resultados de vulnerabilidade social diferenciados, dependendo da região do país e, sobretudo, do alcance dos serviços, equipamentos e políticas ofertados à população.

Das cerca de 10 mil UDHs disponíveis no Atlas da Vulnerabilidade Social nas Regiões Metropolitanas Brasileiras, apenas 19% estavam nas faixas mais altas da vulnerabilidade social em 2010 – em 2000, eram quase 60%. Da mesma maneira, a proporção de Unidades de Desenvolvimento Humano nas faixas mais baixas da vulnerabilidade aumentou de 18% em 2000, para 44% em 2010.

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