Dilma: Brasil vai ajudar em remoção de minas e agricultura familiar na Colômbia

Posted: 09 Oct 2015 05:07 PM PDT

A presidenta Dilma Rousseff reafirmou, nesta sexta-feira (9), a disposição brasileira em contribuir para o processo de consolidação da paz na Colômbia, ao destacar que o Brasil pretende colaborar no esforço de remoção de minas terrestres e no processo de retorno ao campo de milhões de colombianos desalojados durante um dos conflitos armados mais violentos da história recente e que já dura mais de meio século.

É absolutamente otimista e esperançoso ver a construção da paz na nossa região”, afirmou a presidenta Dilma sobre o processo de paz anunciado entre governo colombiano e as Farc. Foto: Roberto Stuckert Filho/PR

Neste sentido, Dilma voltou a mencionar o acordo histórico de paz anunciado pelo governo colombiano e as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), durante o almoço oferecido pelo presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, em sua homenagem na tarde de hoje, em Bogotá. Para a presidenta Dilma, num mundo “carregado de fatos lamentáveis”, como os que têm acontecido na busca por refúgio das populações do Oriente Médio e do Norte da África é “absolutamente otimista e esperançoso ver essa construção da paz na nossa região”.
“A Colômbia terá no Brasil sempre um país amigo, disposto a prestar apoio ao processo de consolidação da paz. Nossa contribuição será no esforço de remoção de minas, nas políticas relacionadas com retorno ao campo de populações desalojadas durante o conflito. Queremos colaborar revitalizando as áreas rurais colombianas durante a fase de pós-conflito. A nossa agricultura familiar, nosso agronegócio, nossa capacidade de investimento em infraestrutura, que tem foco na inclusão social, sem sombra de dúvida, será a nossa contribuição ativa, não uma  contribuição no papel” garantiu a presidenta.
Proximidade culturalDurante o almoço, Dilma lembrou também a realidade social e a identidade histórica e cultural que aproxima os países latino-americanos ao citar a visita do colombiano Gabriel Garcia Márquez, prêmio Nobel de Literatura, já falecido, à Bahia, acompanhado do amigo e escritor baiano, Jorge Amado.
Segundo Dilma, Garcia Márquez constatou, ao conhecer Salvador, que a capital baiana era “igualzinha” a Cartagena, o que atribuiu a realidade latino-americana compartilhada tanto por Brasil quanto pela Colômbia. Para Dilma, o episódio reafirma o desejo dos países da região de construir uma sociedade pacífica, onde possamos preservar nossas “profundas afinidades”.