sábado, 3 de outubro de 2015

Experiência brasileira mostra ao mundo que é possível superar a fome


COMBATE À FOME

País comemora um ano da saída do Mapa Mundial da Fome, segundo a Organização das Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO)
Publicado02/10/2015 12h02,Última modificação02/10/2015 15h10
Foto: Ubirajara Machado/MDS
Brasília – Há um ano, o Brasil saiu do Mapa Mundial da Fome, segundo a Organização das Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO). Na atual transição dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM) para os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), a experiência de sucesso brasileira é referência para o mundo, que tem como uma das metas da Agenda 2030 acabar com a fome, alcançar a segurança alimentar, melhorar a nutrição, e promover a agricultura sustentável. A agenda foi adotada por unanimidade pelos 193 Estados-membros da Organização das Nações Unidas (ONU).
“A experiência tem permitido ao Brasil ter uma opinião forte, com credibilidade e legitimidade diante dos resultados que alcançou”, disse o secretário nacional de Segurança Alimentar e Nutricional do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), Arnoldo de Campos.
Ele relembra que, entre 2011 e 2014, o MDS recebeu 345 missões de 92 países, sendo que 88% foram de países da América Latina, Caribe e África. “O Brasil é uma referência com ações criativas, ousadas e que trazem resultados para a sua população em larga escala”, disse o secretário, ao analisar os fatores que contribuíram para a saída do país do Mapa da Fome em 2014.
Entre eles estão o aumento da oferta de alimentos e da renda dos mais pobres, o programa Bolsa Família, a participação da sociedade civil, com a recriação do Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea), e a merenda escolar – por dia, 43 milhões de crianças e jovens de escolas públicas recebem refeições, quase toda a população da Argentina.
De acordo com a FAO, o Brasil reduziu, entre 2002 e 2014, em 82,1% o número de subalimentados. O relatório apontou que menos de 5% da população brasileira está em situação de insegurança alimentar.
O secretário destaca que os bons resultados foram conquistados porque o Brasil colocou o debate sobre a fome e a extrema pobreza no centro das políticas públicas. “Isto é fruto de vontade política do governo federal. O Brasil deu um basta nesta situação, com apoio da sociedade, dos estados e municípios, de forma articulada”, afirmou.
Campos lembra que o combate à fome ainda não terminou. “Não podemos ficar acomodados diante do resultado alcançado. Ainda temos comunidades e grupos populacionais que vivem em situação de insegurança alimentar, na área rural ou urbana. Por meio da Busca Ativa, estamos encontrando e promovendo o acesso das famílias às políticas públicas para que possam deixar de ser vulneráveis”, disse.
Para os próximos anos, os desafios, ressalta o secretário, são a melhoria da alimentação da população, que já enfrenta problemas, como a obesidade e o sobrepeso.  
“O brasileiro está se alimentando cada dia pior, com produtos de baixo teor nutricional, ricos em sódio, açúcar, gorduras e conservantes. Devemos mudar o hábito alimentar da população com produtos mais frescos e mais saudáveis”, ponderou. Segundo Campos, essa é uma das agendas prioritárias que compõem o Plano Plurianual 2016-2019.
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