segunda-feira, 5 Outubro, 2015 - 08:30
Já pensou se todas as assentadas da reforma agrária pudessem abastecer suas casas com alimentos frescos e saudáveis, recém-colhidos do quintal? E se ainda conseguissem agregar renda a essa pequena produção? O Governo Federal já pensou e executa, desde 2014, o Fomento Mulher – uma linha de crédito criada especialmente para as mulheres da reforma agrária, com taxas de juros de 0,5%, bônus de 80% e um ano para pagar . Ou seja, as assentadas só precisam devolver ao banco 20% do valor do crédito atualizado.
A iniciativa integra o ciclo instalação, primeira fase da rota de crédito da reforma agrária e apoia projetos de segurança alimentar e nutricional até R$ 3 mil. O objetivo é potencializar a produção das trabalhadoras rurais e uma boa forma de fazer isso é investir nos quintais, onde historicamente se produzem uma diversidade de alimentos. Produzindo alimentos saudáveis em casa, as mulheres ganham mais autonomia, incrementam a renda da família e contribuem para a soberania alimentar do assentamento.
Para acessar o crédito, basta que a trabalhadora rural se encaixe nos critérios do decreto nº. 8.256/2014 – dentre eles, o de não ter participado do apoio mulher, ser beneficiário do Programa Nacional de Reforma Agrária (PNRA), estar com todos os dados da família atualizados junto ao Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), estar inscrito no Cadastro Único para programas sociais do Governo Federal e contar com assistência técnica.
Oficinas
Para que o Fomento Mulher chegue a todos os assentamentos brasileiros, MDA e Incra realizam uma série de oficinas pelo país. A próxima ocorre a partir de segunda-feira (28), em Recife. Na sexta (2), a secretaria-executiva, Maria Fernanda Coelho Ramos, participa do encerramento do evento.
O intuito das reuniões é capacitar os servidores para operacionalizar o crédito para as assentadas, mobilizar profissionais extensionistas, identificar limitações do programa e ouvir as demandas dos movimentos sociais.
O evento será transmitido por videoconferência para os estados convidados.
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