sexta-feira, 9 de outubro de 2015

Usuários da assistência social do RJ pedem maior participação na política pública

ASSISTÊNCIA SOCIAL

Cerca de 700 pessoas, entre delegados municipais, estaduais, gestores, trabalhadores, usuários e conselheiros, participam da X Conferência Estadual de Assistência Social
Publicado08/10/2015 14h15,
Foto: Ascom/MDS
Brasília - Os usuários do Sistema Único de Assistência Social (Suas), no Rio de Janeiro (RJ), estão cada vez mais presentes na política social. Mara Dalila Oliveira da Costa, 42 anos, viajou 118km para representar o município de Paty dos Alferes, de 25 mil habitantes, na X Conferência Estadual de Assistência Social do Rio de Janeiro, que acontece até esta quinta-feira (8). Cadeirante, ela conta que, graças aos serviços e benefícios da assistência social, resgatou sua dignidade. “Hoje o BPC [Benefício de Prestação Continuada] me permite viver com dignidade, posso garantir o meu sustento”, afirmou.
A beneficiária frequenta o Centro de Referência de Assistência Social (Cras) e tornou-se conselheira municipal. “A equipe do Cras trabalha para garantir os nossos direitos, e como conselheira posso lutar para que esses direitos realmente cheguem a quem precisa. E as conferências vêm para fortalecer essa nossa participação”.
Para Mara, o grande desafio é consolidar o Suas. “Fortalecendo o sistema, vamos conseguir consolidar a autonomia dos usuários”, destacou.
E esse fortalecimento dos usuários e dos trabalhadores na política de assistência social é defendido pelo presidente do Conselho Nacional de Assistência Social, Edivaldo Ramos. “O cidadão ainda tem dificuldade em saber o que é a política de assistência social. A pessoa acha que [a assistência social] é cesta básica, mas, na verdade, é muito mais ampla que isso. Já a nossa maior tecnologia são os próprios trabalhadores, que fazem o serviço na ponta. E quando o usuário e o trabalhador tomarem consciência de que são eles que fazem a política, aí a coisa vai começar a andar direito”, enfatizou.
Os gestores da Rede Suas também levaram para a conferência estadual propostas para serem discutidas pelos delegados municipais e estaduais. Rosemeire Cerqueira, presidente do Colegiados Estadual dos Gestores Municipais de Assistência Social, destacou a importância de se aprimorar o pacto federativo, definindo o real papel dos municípios, estados e União. “É necessário que se pense num percentual mínimo obrigatório para aplicação na assistência social e, ainda, a segurança dos repasses com regularidade efetiva. Assim, vamos ter uma Suas forte e efetivo”, defendeu.
Para o secretário nacional adjunto de Assistência Social do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), José Dirceu Galão, o Suas é um sistema sólido, que conseguiu superar as velhas práticas do assistencialismo. “Estamos num momento de fortalecer e garantir as conquistas desses últimos dez anos, num processo de regionalização. Sem contar que é preciso discutir a qualidade desse serviço ofertado, uma vez que a assistência social é a porta de entrada para outras políticas sociais e para a garantia de direitos do cidadão”, destacou.
No Rio de Janeiro, cerca de 700 pessoas, entre delegados municipais, gestores, trabalhadores e conselheiros, participam da conferência estadual, que é preparatória para a Conferência Nacional de Assistência Social, que acontece entre os dias 7 e 10 de dezembro, em Brasília.
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