quinta-feira, 1 de outubro de 2015

Jogador Thiago Silva, do PSG, protagoniza campanha contra tuberculose

As peças serão veiculadas pelo Ministério da Saúde em rádios, TVs e redes sociais durante todo o mês 
de outubro. O jogador foi diagnosticado com a doença e recebeu tratamento pelo SUS   
O Ministério da Saúde lança nesta quinta-feira (1º) campanha de conscientização sobre a importância 
do diagnóstico e realização do tratamento contra tuberculose. Com o mote “testar, tratar e vencer”, 
a campanha é protagonizada pelo jogador de futebol Thiago Silva. “Tuberculose existe, mas tem cura”, 
alerta o jogador no vídeo. O zagueiro foi diagnosticado com a doença em 2005, quando jogava em um 
time russo. Ele retornou ao Brasil, onde recebeu tratamento gratuito pelo Sistema Único de Saúde 
(SUS), foi curado e seguiu a carreira de jogador.
A falta de informação pode ser um obstáculo ao diagnóstico e ao tratamento. Por isso, as peças da 
campanha alertam que pessoas com tosse por mais de três semanas - principal sintoma da doença – 
devem procurar um serviço de saúde. Além disso, os pacientes não podem interromper o tratamento, 
que dura seis meses, para atingir a cura. O objetivo da campanha é levar mais informação às pessoas, 
reduzindo o preconceito sobre a doença. No ano passado, a campanha do Ministério da Saúde contou
 com a participação do cantor Thiaguinho, que também foi diagnosticado, seguiu tratamento sem i
nterrupção e foi curado.
A campanha, que tem duração de um mês, será veiculada nas rádios, TVs, redes sociais, além de 
outdoor social e outros meios de divulgação. “O Thiago Silva mostra que é possível ficar livre da doença 
seguindo corretamente o tratamento. Ele se tratou pelo SUS e está aí, forte e saudável, jogando seu f
utebol”, explica o secretário de Vigilância em Saúde, do Ministério da Saúde, Antônio Nardi.
Apesar da dimensão da doença e do seu impacto para a saúde pública, parte da população tem pouca 
informação sobre a tuberculose. “A falta de informação, além de prejudicar o diagnóstico, produz 
preconceito e agrava a exclusão social. Muitas pessoas ignoram os sintomas ou ainda têm ideias antigas 
sobre a doença, não sabem que a tuberculose é uma doença curável e que o paciente deixa de transmitir 
após 15 dias de tratamento”, explicou o diretor do Departamento de Vigilância em Doenças Transmissíveis do Ministério da Saúde, Cláudio Maierovitch.
TESTE RÁPIDO – Além da campanha de esclarecimento sobre a tuberculose, o Ministério da Saúde 
trabalha na melhoria do diagnóstico da doença. Em 2014, a coordenação do Programa Nacional de 
Controle da Tuberculose distribuiu 175 equipamentos de teste rápido a 94 municípios – onde se concentram 
55% dos casos novos e retratamentos registrados no Brasil. Denominado “Gene Xpert”, o teste detecta 
a presença do bacilo causador da doença em duas horas e identifica se há resistência ao antibiótico 
rifampicina, usado no tratamento básico.  O exame laboratorial tradicional pode levar de um a dois meses.
 Em um ano, foram realizados mais de 145 mil testes.
A estratégia adotada pelo Ministério da Saúde, de descentralização do tratamento para a atenção básica, 
resultou na diminuição do número de casos e mortes e de abandono do tratamento. Parceria com o Ministério 
do Desenvolvimento Social ampliou o acesso do serviço de saúde às populações vulneráveis à doença - 
populações indígenas, população privada de liberdade, moradores de rua, além das pessoas vivendo com 
o HIV.
REDUÇÃO - Em 2014, a taxa de incidência foi de 33,8 por 100 mil habitantes, contra 43,4/100 mil em 
2004. No ano passado, foram registrados 68,4 mil casos novos de tuberculose e 4.336 óbitos, com uma 
taxa de mortalidade de 2,3 óbitos por 100 mil habitantes. Em 2012, o Brasil atingiu, antecipadamente, as
 metas para 2015 dos Objetivos do Milênio (ODM) de redução pela metade das taxas de incidência, 
prevalência e mortalidade. A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que, atualmente, existam 
no mundo nove milhões de casos da doença.
Em 2015, começa uma nova etapa do combate à tuberculose, superando a meta de controle da doença 
e partindo para a perspectiva de sua eliminação como problema relevante de saúde pública. O Ministério 
da Saúde assume compromisso de reduzir em 95% os óbitos e em 90% o coeficiente de incidência da 
doença até 2035.
SOBRE A DOENÇA - A tuberculose é causada por uma bactéria que afeta principalmente os pulmões, 
mas também pode ocorrer em outras partes do corpo, como ossos, rins e meninges (membranas que 
envolvem o cérebro). Na maioria das pessoas infectadas, os sinais e sintomas mais frequentemente são
 tosse seca contínua, no início da doença, depois tosse com presença de secreção por mais de quatro 
semanas, transformando-se, na maioria das vezes, em uma tosse com pus ou sangue; cansaço excessivo;
 febre baixa geralmente à tarde; sudorese noturna; falta de apetite; palidez; emagrecimento acentuado; rouquidão; fraqueza e prostração.
A transmissão é direta, de pessoa a pessoa, por meio de pequenas gotas de saliva expelidas ao falar, 
espirrar ou tossir. Somente 5% a 10% dos infectados pelo bacilo de Koch adquirem a doença. O t
ratamento deve ser feito por um período mínimo de seis meses, sem interrupção, diariamente. 
No esquema básico, são utilizados quatro fármacos: rifampicina, isoniazida, pirazinamida e etambutol. 
Os pacientes que seguem o tratamento corretamente são curados.
Para prevenir as formas mais agressivas da doença é necessário imunizar as crianças, no primeiro ano
 de vida, ou no máximo até quatro anos, com a vacina BCG. O risco de transmissão é maior entre pessoas 
que vivem em ambientes fechados, mal ventilados e sem iluminação solar. A tuberculose não se 
transmite por objetos compartilhados.

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