14/07/2015 15:10
Bons resultados que o país teve no combate à fome nos
últimos anos foram fruto das parcerias com governos
estaduais, prefeituras e engajamento dos trabalhadores
do Suas
Brasília, 14 – A segurança alimentar e nutricional é a realização
do direito de todos ao acesso regular e permanente a alimentos
de qualidade e em quantidade suficiente. Isto sem comprometer
o acesso a outras necessidades essenciais e tendo como base
práticas alimentares promotoras de saúde que respeitem a
diversidade cultural e que sejam ambiental, cultural,
econômica e socialmente sustentáveis.
Foto: Sérgio Amaral/MDS
O avanço no debate e na institucionalização da política de segurança alimentar
e nutricional foi um dos mais expressivos ganhos observados nas políticas
sociais brasileiras dos últimos 12 anos. Foi em torno do tema da fome, da
possibilidade concreta e da urgência ética de sua superação, que o Brasil
começou a desenhar importantes programas de combate à pobreza.
O sucesso da estratégia brasileira de combate à fome foi reconhecido em
2014, quando o país deixou o Mapa da Fome da Organização das Nações
Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO). Na entrevista a seguir,
o secretário nacional de Segurança Alimentar e Nutricional do MDS,
Arnoldo de Campos, explica como os trabalhadores do Sistema Único
da Assistência Social (Suas), que completa 10 anos nesta quarta-feira
(15), atuaram para que o Brasil alcançasse esse importante objetivo.
Qual o papel dos trabalhadores do Sistema Único da Assistência
Social (Suas) na promoção na segurança alimentar e nutricional?
Arnoldo de Campos – A segurança alimentar e nutricional no Brasil
depende muito da assistência social. Boa parte dos trabalhos feitos,
da oferta das políticas lá na ponta, da gestão das políticas nos municípios,
nos estados, é de responsabilidade das secretarias de assistência
social e dos trabalhadores da assistência social. O Brasil, hoje, tem
bons resultados por conta desse engajamento, das parcerias com
os municípios, com os estados e, em particular, com a rede de
assistência social brasileira.
Como o MDS incentiva as ações de educação alimentar e
nutricional no Sistema?
Arnoldo de Campos – Um dos temas trabalhado nas capacitações
dos nossos gestores, dos nossos trabalhadores da assistência social,
é o da segurança alimentar e nutricional. Levamos informações sobre
a importância de uma alimentação equilibrada. O Bolsa Família é uma
garantia de acesso regular a alimentos, e boa parte dos gastos das
famílias é com a alimentação. Então, é importante ter um profissional
capacitado nessa área para orientar sobre a qualidade dos alimentos,
sobre alimentação saudável, sobre o alimento fresco, o alimento de
época, o alimento que não tenha gordura, nem excesso de açúcar.
Enfim, um trabalho de capacitação para ele interagir com o cidadão
que está tendo acesso ao direito e para que ele exerça o direito de se
alimentar adequadamente.
O nosso desafio hoje é o combate ao sobrepeso e melhorar a
alimentação de uma forma geral. Qual o papel do trabalhador
do Suas nesses objetivos para os próximos anos?
Arnoldo de Campos – Temos um duplo desafio. O primeiro é continuar
o trabalho de busca ativa dos grupos populacionais que ainda vivem em
situação de insegurança alimentar, para trazer todos os brasileiros para
dentro da proteção social e, com isso, garantir o direito humano à
alimentação. O segundo é garantir o direito à alimentação saudável.
Precisamos enfrentar a obesidade e o sobrepeso, as doenças decorrentes
da má alimentação, do consumo de alimentos rápidos, processados,
industrializados, com baixa qualidade nutricional, contaminantes. A
educação alimentar e nutricional e a informação sobre alimentos,
hábitos e culturas alimentares são muito importantes para o dia a
dia do profissional da assistência social.
Qual o recado que o senhor dá para os trabalhadores nesses
10 anos do Suas?
Arnoldo de Campos – Em primeiro lugar, um agradecimento pela
parceria, pela dedicação, por todos os resultados que o Sistema
alcançou no país. O Brasil, hoje, é referência internacional na área
da assistência social, de políticas de desenvolvimento social, de
redução da desigualdade, de combate à pobreza, da extrema
pobreza. E tudo isso foi feito contando com o trabalho dos profissionais
da assistência social. Ainda há grandes desafios a enfrentar. Por i
sso, temos que seguir trabalhando juntos, para ter um Brasil cada
vez melhor, menos desigual, mais justo.
Informações sobre os programas do MDS: 0800-707-2003 mdspravoce.mds.gov.br Informações para a imprensa: Ascom/MDS (61) 2030-1021 www.mds.gov.br/saladeimprensa |
terça-feira, 14 de julho de 2015
A segurança alimentar e nutricional no Brasil depende muito da assistência social”
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