terça-feira, 28 de julho de 2015

Pronera forma 13 turmas de ensino médio em Roraima

Publicado dia 28/07/2015
Ginásio lotado para comemorar formatura, em Caroebe(RR), de 176 alunos assentados da reforma agrária
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Os moradores da pequena Caroebe, Sul de Roraima, lotaram o ginásio da cidade para assistir à formatura de 176 educandos no ensino médio. Aproximadamente mil pessoas prestigiaram a conquista dos alunos de turmas provenientes de um convênio firmado entre o Incra no estado e a Fundação Ajuri de Apoio ao Desenvolvimento da Universidade Federal de Roraima (UFRR), no âmbito do Programa Nacional de Educação na Reforma Agrária (Pronera). A solenidade, que aconteceu na última quinta-feira (23), terá um segundo momento, quando outros 157 estudantes passarão pelo mesmo rito.   
O curso transcorreu na modalidade Educação de Jovens e Adultos (EJA) e, de acordo com o responsável pelo Pronera no estado, Nelson Felix, já está sendo analisada a implantação de uma turma de graduação. “Com uma estrutura específica, voltada ao campo, o Pronera proporciona oportunidade a estudantes que dificilmente acessariam uma educação continuada, se tornando hoje um dos pilares de desenvolvimento e estímulo para os assentados”, afirmou durante a cerimônia.
A parceria entre o Incra e a Ajuri/UFRR foi oficializada 20 de janeiro de 2012, com a publicação no Diário Oficial da União. O objeto era, inicialmente, a formação de 480 jovens e adultos no ensino médio em áreas de assentamentos da reforma agrária de Roraima. Entretanto, como houve desistências no decorrer do curso, 333 estudantes de 13 turmas concluíram os estudos.
Durantes os últimos três anos, eles estiveram tanto em sala de aula ampliando a leitura crítica de mundo, quanto no meio rural, auxiliando na melhoria da qualidade de vida no local onde vivem. É a chamada Pedagogia da Alternância, adotada no Pronera. A proposta é mesclar períodos em regime de internato na escola (Tempo Escola) com outros na área rural (Tempo Comunidade), visando, principalmente, não prejudicar o calendário agrícola da região, quando o assentando retorna à comunidade.
De acordo com o assegurador do Pronera em Roraima, Marcos Rogério, durante os três anos, conhecimentos técnicos também foram ministrados aos estudantes. “No decorrer do curso percebemos que os educandos necessitavam de mais práticas e ofertamos as habilitações em piscicultura e fruticultura”, explica. Ele acrescenta que alguns dos alunos foram alfabetizados pelo Pronera “e concluem o ensino médio sonhando com uma graduação, nos cursos de agronomia, engenharia de pesca e pedagogia”

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