Redação Portal IMPRENSA | 09/11/2015 09:00
O lobista Fernando Soares, conhecido como Fernando Baiano, não mencionou Fábio Luís Lula da Silva, o Lulinha, filho do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, na delação premiada da Operação Lava Jato. A informação foi manchete do jornal carioca O Globo de 11 de outubro e gerou desdobramentos políticos.
Crédito:Reprodução
Jornal admitiu que errou em reportagem que acusa filho do ex-presidente
A menção a Lulinha havia sido publicada na coluna do jornalista Lauro Jardim e foi reproduzida por outros veículos. Após a divulgação, o filho de Lula virou alvo dos adversários do governo, que chegaram a pedir a convocação dele para depor na CPI da Petrobras.
No último domingo (8/11), O Globo divulgou uma nota, na capa, reconhecendo o erro. A correção reitera que Baiano não citou o nome de Lulinha na delação premiada e nenhum outro familiar do ex-presidente. O equívoco também foi corrigido por Lauro Jardim na versão online. "A coluna pede desculpas a Fábio Luis, a Lula e aos seus familiares pelo erro".
Segundo a Zero Hora, o lobista disse que o pecuarista José Carlos Bumlai, amigo de Lula, foi quem pediu o dinheiro dizendo que seria para uma nora de Lula. Ele afirmou ter dado R$ 2 milhões a título de comissão a que teria direito por ter incluído Lula na negociação de um contrato de construção de sondas de exploração do pré-sal.
Lulinha sempre contestou as acusações. "O sr. Fábio Luís Lula da Silva jamais recebeu qualquer valor do delator mencionado", informou a nota divulgada pelo defensor Cristiano Martins, em 11 de outubro.
Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, Bumlai negou que pediu dinheiro para quitar dívida ou prestação de imóvel de uma nora de Lula. O pecuarista alegou que teve dificuldades financeiras em 2011 e pediu R$ 1,5 milhão emprestado ao lobista para pagar funcionários e outras despesas. Ele apresentou extratos bancários para comprovar o empréstimo.
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