11/09/2015 15:56
Acordo de cooperação já beneficiou mais de 3,8 mil agricultores familiares
no estado. Com recursos de R$ 15 milhões, a meta é atender 5 mil famílias
Brasília, 11 – Nos últimos três meses, a vida do agricultor Manoel João Cardoso,
35 anos, começou a mudar no município de Canudos (BA). Depois da construção
da cisterna de enxurrada, da assistência técnica e extensão rural e dos recursos do
Programa de Fomento às Atividades Produtivas Rurais, ele reformou o seu aprisco,
aumentou a criação de caprinos e ovinos e começou a produzir frutas e hortaliças.
“Estou esperando a chuva chegar em outubro, pois com o reservatório cheio vou
aumentar minha produção e vender toda semana na feira orgânica aqui da minha
cidade”, explica o agricultor, que está produzindo somente para consumo próprio.
Hoje, a renda da família vem da venda dos animais, de bicos que o Manoel faz nas
fazendas vizinhas e do programa Bolsa Família.
Manoel é um dos mais de 3,8 mil agricultores familiares baianos beneficiados com o
acordo de cooperação técnica assinado entre o Ministério do Desenvolvimento Social e
Combate à Fome (MDS), o Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) e o governo
da Bahia, em 2014. Com recursos de R$ 15 milhões do MDS, a meta é beneficiar 5 mil
famílias com o Programa Fomento.
O programa vincula assistência técnica ao apoio financeiro, o que melhora a produção
de uma família que não produzia o suficiente para gerar renda. Na Bahia, os agricultores
têm o apoio de agentes de assistência técnica e extensão rural do Instituto Regional da
Pequena Agropecuária Apropriada (IRPAA), uma das instituições executoras contratadas
pelo governo federal.
O trabalho desenvolvido pelos técnicos leva em consideração não apenas os processos de
produção, mas também a situação de vulnerabilidade social em que vivem as famílias atendidas
. Manoel conta que recebe visitas periódicas de técnicos da IRPAA para tirar dúvidas sobre a
produção. “Eles são muito ativos na comunidade. Acompanharam tudo desde o início, mostrando
como devo plantar e cultivar minhas hortaliças. Também ensinaram como criar os animais”, disse.
Os recursos do Programa Fomento são transferidos em parcelas às famílias beneficiárias e
não precisam ser devolvidos. Cada família em situação de extrema pobreza recebe R$ 2,4 mil
– ou R$ 3 mil na modalidade Semiárido, direcionada a famílias em situação de extrema pobreza
e pobreza – para investir em projetos produtivos. Os recursos são transferidos diretamente às
famílias por meio do cartão do Bolsa Família, seguindo seu calendário de pagamento.
Desde janeiro de 2012, o Programa Fomento já beneficiou mais de 18,9 mil famílias em
situação de extrema pobreza na Bahia. A ação é desenvolvida pelo MDS, em parceria com
o MDA. Para participar, as famílias devem estar inscritas no Cadastro Único para Programas
Sociais do Governo Federal e precisam ter a Declaração de Aptidão ao Programa Nacional
de Fortalecimento da Agricultura Familiar (DAP) ou estar inseridas na Relação de Beneficiários
(RB) do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra).
Informações sobre os programas do MDS: 0800-707-2003 mdspravoce.mds.gov.br Informações para a imprensa: Ascom/MDS (61) 2030-1021 www.mds.gov.br/saladeimprensa |
segunda-feira, 14 de setembro de 2015
Programa Fomento muda perspectiva de agricultores familiares na Bahia
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