quarta-feira, 30 de setembro de 2015

Mercado brasileiro de orgânicos deve movimentar R$ 2,5 bi em 2016


 
 Estimativa é que o setor cresça entre 20% e 30% no próximo ano 
 
 
Brasília (30/9/2015) - A agricultura orgânica ganha cada vez mais espaço na 
cadeia agrícola brasileira. Em 2014, ela movimentou cerca de R$ 2 bilhões e a 
expectativa é que em 2016 este número alcance R$ 2,5 bilhões, segundo o setor.
 O mercado nacional de orgânicos espera crescer entre 20% e 30% no ano que vem.
Os produtos de orgânicos agregam, em média, 30% a mais no preço quando 
comparado aos produtos convencionais, de acordo com analistas do setor. 
Segundo Jorge Ricardo de Almeida Gonçalves, da Coordenação de Agroecologia do
 Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), a formação de preços 
depende especialmente do gerenciamento da unidade de produção, do canal de 
comercialização e da oferta e demanda dos produtos.
“Normalmente, os valores dos orgânicos são mais elevados que os dos produtos 
convencionais por terem uma menor escala de produção, custos de conversão para 
adequação aos regulamentos e processos de reconhecimento de sua qualidade
 orgânica”, assinala Jorge Ricardo. Na sua avaliação, o produtor de orgânicos ainda 
carece de crédito diferenciado e de tecnologias e assistência técnica, além de 
infraestrutura e logística adequadas às características da produção e do mercado 
de orgânicos.

Cadastro

Atualmente, há 11.084 produtores no Cadastro Nacional de Produtores Orgânicos, 
gerenciado pelo Mapa. O banco de dados é liderado pelos estados do Rio
 Grande do Sul (1.554), São Paulo (1.438), Paraná (1.414) e Santa Catarina (999).
 Veja tabela abaixo.
A área de produção orgânica no Brasil abrange 950 mil hectares. Nela, são
 produzidas hortaliças, cana-de-açúcar, arroz, café, castanha do brasil, cacau, 
açaí, guaraná, palmito, mel, sucos, ovos e laticínios.
O Brasil exporta para mais de 76 países. Os principais produtos exportados são 
açúcar, mel, oleaginosas, frutas e castanhas.  

Normatização

A legislação brasileira estabelece três instrumentos para garantir a qualidade dos 
alimentos: a certificação por auditoria, os sistemas participativos de garantia e o 
controle social para a venda direta sem certificação.
Os agricultores que buscarem a certificação por auditoria ou participativa poderão
 utilizar o selo oficial nos seus produtos. O selo é fornecido por organismos de 
avaliação de conformidade credenciados pelo Ministério da Agricultura. Eles são 
os responsáveis pelo acompanhamento e fiscalização dos produtos.
Os grupos de agricultores familiares que quiserem atuar na venda direta 
recebem uma declaração de cadastro emitida pelo Mapa.
O governo federal tem estimulado, em parceria com entidades públicas e privadas, 
a difusão da agricultura orgânica com cursos de capacitação, promoção de feiras 
orgânicas para o escoamento dos produtos e certificação da produção. A certificação 
garante a origem e forma produtiva do alimento que chega ao consumidor, 
atestando que a produção está em harmonia com o meio ambiente.

Sistemas

Os produtores de orgânico destacam que a atividade tem impacto ambiental
 positivo, como a ampliação dos ecossistemas locais e a redução do aquecimento 
global. Além disso – ressaltam –, contribui para a sustentabilidade econômica 
da agricultura familiar e para a melhoria da qualidade de vida.
A prioridade desse sistema é empregar matéria orgânica e adotar boas 
práticas que harmonizem os processos biológicos. Os produtos orgânicos são 
provenientes de sistemas baseados em processos naturais.
As técnicas para obter o produto orgânico incluem manejo da matéria 
orgânica, uso de adubação verde e biofertilizantes, consórcio e a rotação de 
culturas, emprego de sementes crioulas ou de variedades mais resistentes 
e adaptadas e utilização de controle fitossanitário biológico, mecânico ou cultural. 
Estes fatores garantem a qualidade dos alimentos orgânicos.
Confira aqui as ações desenvolvidas pelo Ministério da Agricultura na área
 de produção orgânica.
 
Mais informações para a imprensa:
Assessoria de Comunicação Mapa
(61) 3218-2203/04
Inez De Podestà
inez.podesta@agricultura.gov.br

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