quarta-feira, 30 de setembro de 2015

Assentadas de Alagoas investem em quitutes para complementar renda familiar



Publicado dia 30/09/2015
 
Autointituladas “mulheres unidas na luta”, cinco agriculturas do assentamento Fidel Castro, localizado no município alagoano de Joaquim Gomes, decidiram produzir e comercializar quitutes para complementar a renda familiar. Uma amostra desta produção foi exposta durante o evento de fundação da Cooperativa dos Agricultores Familiares de Joaquim Gomes. As assentadas expuseram doces e bolos variados que chamam atenção pelos cuidados na confecção, pelo sabor e pela forma de apresentação.
 
Na barraca, elas comercializaram bolos de massa puba, macaxeira/mandioca, milho, canjica e de coco. Os doces também são diversificados, a exemplo de: banana, goiaba, mamão e abacaxi. O sucesso, porém, foi a geleia de pimenta, ou de Pimentas, num trocadilho com o nome do imóvel onde elas residem e que também denomina o Projeto de Assentamento Fidel Castro. As agricultoras pretendem expandir a participação, uma vez que o assentamento comporta atualmente 104 famílias.
 
Para elas, que já fazem esse trabalho há seis meses e por conta própria, o investimento inicial individual de apenas R$ 24,00 valeu a pena. “Já comercializamos na feira livre da cidade, que ocorre aos sábados, e na feira da reforma agrária, que ocorre nos dias de quarta-feira”, explicam, enfatizando que o resultado financeiro  aparenta ser promissor.
 
“Nossa aposta foi garantir uma renda extra, mas também criar uma independência financeira dos maridos e do bolsa família”, explica Vandélia Maria da Silva, uma das “mulheres unidas na luta”. Ela detalha o dia a dia do novo trabalho. “A gente se reúne e planeja cada passo, por isso está dando certo e se não fosse isso a gente não estaria desse jeito”.
 
A ideia das cinco surgiu num encontro estadual de mulheres, promovido pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), em Maceió. “Nós já tínhamos algum conhecimento e a vontade, mas a coisa só andou mesmo quando tivemos acesso a uma experiência de sucesso em assentamentos de Sergipe”, explica Vandélia, acrescentando que “a partir dai foi só se organizar e trabalhar”. 
 
Outras experiências complementares de renda também vieram a público no evento da Coopaf. No assentamento Formosa Grande, do Crédito Fundiário, 30 pessoas já trabalham há cinco anos com artesanato. Na exposição que chamou atenção pela riqueza de cores e detalhes, eles apresentavam peças trabalhadas em crochê, fuxico, pintura, tricô e bordado. 
 
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