segunda-feira, 14 de setembro de 2015

Indústria de café do Brasil bate recordes e atrai investimentos


Por Equipe CaféPoint (CaféPoint)
postado em 10/09/2015

Por Thais Fernandes
indústria brasileira de café vem abrindo possibilidades em busca de novos mercados. Um dos resultados desta expansão foi apontado em um novo recordenas vendas do setor, anunciado na Sondagem Conjuntural da Indústria de Café (SCIC) do mês de julho.

O Índice de Vendas, calculado pela pesquisa da Associação Brasileira das Indústrias de Café (Abic), registrou o maior número de toda a série, desde seu início, em junho 2003. As vendas no mês de julho de 2015 aumentaram de 2,07% em relação ao mês anterior – quando a Abic já havia informado que o Índice alcançava seu melhor desempenho e, as empresas respondentes indicaram que suas vendas dobraram em volume, desde 2003 até 2015.

Quando comparado a julho de 2014, houve aumento de 5,65% nas vendas. Já a comparação das médias móveis de 12 meses, de julho de 2015 (média de agosto de 2014 a julho de 2015), igual a 192,13 pontos, contra a média móvel de julho do ano anterior, de 179,28 pontos, demonstra o aumento anual de 7,17% no volume de vendas.


O bom desempenho neste ano vem acompanhado de investimentos aquecidos e aposta nas mudanças do consumo. “A indústria busca manter e ou ampliar o consumo através de inovações, melhoria contínua da qualidade e investimento em marketing. Neste ambiente de crise, a indústria de café demonstra que o consumonão reduziu, mas está se mantendo estável”, afirmou Nathan Herszkowicz, diretor executivo da Abic.

O estudo utiliza como base a participação de 50 empresas que, segundo a Abic, apresentam portes variados e tem mostrado desempenho mais significativo que a média do mercado.

As cápsulas
Quem tem dado um novo impulso à indústria, é um nicho dentro das monodoses. “Sem dúvida a categoria de café em cápsulas é a que apresenta o maior crescimento. Há informações de que seu crescimento foi superior a 50% nos últimos 12 meses”, revela Nathan. Na mesma direção vão marcas como a Pilão, líder nacional no segmento de torrado e moído, que no último mês de julho anunciou sua entrada na disputa, com a linha de cápsulas Pilão Espresso.

O movimento impulsionou investimentos de grandes grupos e empresas mundiais e nacionais, no Brasil. Resultado disso tem sido a instalação de fábricas voltadas para produção de café em cápsulas, como a da multinacional Nestlé e do Grupo 3corações – Leia, aqui, sobre a fábrica da Nestlé e da 3corações, em Montes Claros (MG).


Marketing
Buscando, também, o crescimento do consumo em segmentos de café de qualidade, a própria Abic investiu cerca de R$ 2 milhões em uma campanha nacional (Leia mais, aqui) “O interesse dos consumidores por cafés gourmet, de alta qualidade, em grãos ou torrados/moídos também evolui”, comenta Nathan, lembrando que entre as estratégias adotadas pela campanha estão promover os benefícios do café para a saúde e sobre qualidade do produto.

Expansão contínua
Embora a SCIC de julho tenha registrado aumento do índice das indústrias Pequenas e Médias, e estabilidade do índice das Grandes em relação ao mês anterior, a incorporação das empresas menores por grandes marcas deve seguir nos próximos anos. “A consolidação no segmento deve prosseguir. Há também uma consolidação com menor visibilidade, que é o resultado de aquisição de marcas menores do interior dos estados por marcas líderes regionais, o que as faz crescer em volume vendido ampliando sua posição nesses mercados”, enfatiza o diretor executivo da Abic.

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