quinta-feira, 10 Setembro, 2015 - 15:45
Foto: Tamires Kopp/MDA
“Elas levantaram a cabeça e seguiram em frente. Encontraram caminhos e procuraram apoio nas outras porque sabiam que tinham um ideal de transformação social a buscar. São mulheres muito fortes”. É dessa forma que Emma Siliprandi define as personagens reais de seu livro, lançado pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Com o título ‘Mulheres e Agroecologia - transformando o campo, as florestas e as pessoas’, a obra conta a história de trabalhadoras rurais que participam ativamente de movimentos em prol da agroecologia no Brasil e que se tornaram referências sociais e políticas em seus territórios.
A publicação, uma versão modificada da tese de doutorado da autora, defendida em 2009 na Universidade de Brasília (UnB), contou com o apoio do Ministério do Desenvolvimento Agrário para chegar às livrarias. Tudo começou quando Emma e o cineasta Beto Novaes se uniram para levar às cabeceiras e às televisões do país, histórias de luta das agricultoras familiares brasileiras.
“Desde o início, quando Beto e eu pensamos em realizar esse projeto, o MDA estava nas nossas conversas, pois conhecíamos o trabalho de valorização das mulheres camponesas que vinha sendo feito pela Diretoria de Políticas para Mulheres Rurais (DPMR). Também nos lembramos do Núcleo de Estudos Agrários e Desenvolvimento Rural (Nead), que dá mais visibilidade para histórias da agricultura familiar e camponesa no Brasil”, conta Emma.
A publicação acompanha um DVD do documentário ‘As Sementes’, baseado na obra de Emma e dirigido pelo cineasta. “Nossa proposta era que o livro e o filme pudessem ser utilizados em trabalhos de base, como apoio para discussões e cursos de formação. Outro aspecto considerado é o trabalho de extensão rural que o ministério coordena em todo o Brasil. Nesse sentido, o MDA era um candidato natural para essa parceria, que foi muito exitosa”.
Para a diretora da DPMR/MDA, Célia Watanabe, ‘Mulheres e Agroecologia’ também é leitura obrigatória para estudantes e gestores. “É uma inspiração para a gestão pública. Nos faz pensar sobre a qualidade dos alimentos que colocamos em nossas casas e a entender a relação entre o rural e o urbano”, salienta ao observar que a obra proporciona uma leitura envolvente para quem gosta de ler histórias ou quer, simplesmente, estar bem informado.
“O livro informa sobre as construções sociais e conceituais da agroecologia, na perspectiva do feminismo. As personagens entrevistadas contam suas histórias de forma muito singela, revelando a maneira de lidar com a construção da autonomia e suas lutas pelo fim das desigualdades”, finaliza Célia.
Na internet, o livro está disponível para venda na Cia. Do Livro, Eba e Travessa. O documentário, que acompanha a publicação e foi inspirado pelas mulheres entrevistadas no livro pode ser conferido, na íntegra, clicando aqui.
Ranyelle Andrade
Ascom/MDA
Ascom/MDA
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