quarta-feira, 14 de outubro de 2015

Carta pede fim do BV de produção


Grupo de produtoras enviou documento às agências que clama por transparência e respeito a regras internacionais de compliance

14 de Outubro de 2015 17:04
Além de contribuir para a discussão de melhores práticas do setor, o documento pretende buscar transparência e seguir regras internacionais de compliance
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Além de contribuir para a discussão de melhores práticas do setor, o documento pretende buscar transparência e seguir regras internacionais de complianceCrédito:
Um grupo composto por algumas das maiores produtoras do mercado vai enviar uma carta às agências de publicidade clamando pelo fim da prática de cobrança do chamado BV de produção (leia mais sobre o assunto aqui).

Representantes do grupo, que é independente e sem relações com a Associação Brasileira de Produção de Obras Audiovisuais (Apro), já visitaram as principais agências do País nas últimas semanas e a carta que será enviada hoje enfatiza esse posicionamento.
Além de contribuir para a discussão de melhores práticas do setor, o documento pretende buscar transparência e seguir regras internacionais de compliance. Na carta, o grupo defende que as reivindicações das agências em relação à remuneração pela coordenação de produção devem ser cobradas diretamente de seus clientes e de maneira transparente, conforme as Normas-Padrão da publicidade brasileira, incorporadas ao Cenp.
O grupo avalia que a proibição do BV dependerá do bom senso do mercado, já que não há nenhuma lei que regulamente o tema. Na prática, agências e produtoras permanecem com autonomia para decidir se aceitam ou não negociar a comissão.
Fazem parte do movimento, até agora, a Alice Filmes, Bando, Barry Company, Big Bonsai, Cia. de Cinema, Cine, Conspiração, Delicatessen, Fulano, Honey Bunny, Hungry Man, Killers, Lobo Filmes, Mixer, Nunchaku, O2 Filmes, Paranoid, PBA, Popcon, Prodigo, Produtora Associados, Rebolucion, Saigon, Santa Transmidia, Stink, Sentimental, Vetor Zero, YourMama e Zohar.

Abaixo, na íntegra, a carta endereçada as agências. Nela, são citados os apoios da Associação Brasileira de Agências de Publicidade (Abap) e Apro à causa.

São Paulo, 14 de Outubro de 2015
Prezado(a)
Recentemente a ABAP (Associação Brasileira de Agências de Publicidade) e a APRO (Associação Brasileira de Produção de Obras Audiovisuais) reafirmaram às suas associadas que ambas entidades jamais suportaram ou, mesmo, reconheceram qualquer prática de recebimento de bonificações, comissões, BVs ou assemelhados por parte de qualquer tipo de fornecedor especializado ou produtora que trabalhe em projetos encomendados para os anunciantes atendidos.
Assim sendo, as produtoras abaixo concordam e enfatizam que são contrárias a essa prática.
Quaisquer reivindicações de agências que acreditam que devem ser remuneradas pela coordenação de tais produções, devem cobrar honorários de produção diretamente de seus respectivos clientes de maneira transparente conforme Normas-Padrão da ABAP, incorporadas pelo CENP desde 1998, a própria legislação aplicável em vigor e os procedimentos éticos de melhor prática.
Como produtores e cidadãos, num momento em que o Brasil está sendo passado a limpo, estamos buscando transparência em nosso trabalho, exigindo responsabilidade e seguindo regras internacionais de “compliance”.
Estamos certos de que, só dessa forma, contribuiremos positivamente para o nosso mercado.
Cordialmente,


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