domingo, 12 de julho de 2015

“Fico tranquila porque os alimentos que produzo chegam até as crianças”

10/07/2015 15:05
A agricultora familiar Maria Margareth Cunha, vende parte da produção de 
hortaliças para as escolas do município de Esperantinópolis (MA) por meio 
do Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae)

Porto Alegre, 10 – Todo mês, a agricultora familiar Maria Margareth Costa Cunha,
 52 anos, do assentamento Palmeiral Vietnã, vende parte de sua produção de
 hortaliças para as escolas do município de Esperantinópolis (MA), graças ao 
Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae). O programa determina, no
 mínimo, 30% dos recursos repassados pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento
 da Educação (FNDE) devem ser utilizados na alimentação escolar, com a 
aquisição de produtos da agricultura familiar local e regional. Com a venda, 
(PAA), coordenado pelo Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome 
(MDS), fortalecem o trabalho das mulheres. “Elas só saem da dependência do 
marido se tiverem autonomia econômica. E essas políticas públicas, além de 
melhorar a renda, proporciona essa autonomia”, afirma.

Maria Margareth conta que fica feliz ao saber que o que produz vai para a alimentação 
escolar. “Fico tranquila porque os alimentos que produzo de forma limpa chegam até 
as crianças. Estamos ajudando todas elas a terem mais saúde. Alimentos saudáveis
 previnem doenças”, diz a agricultora, que participou do encontro temático sobre a 
atuação das mulheres na promoção da soberania e segurança alimentar e nutricional,
 em Porto Alegre (RS).

A agricultora integra o Movimento de Mulheres Trabalhadoras Rurais do Nordeste,
que reúne 15 municípios e é composto por cerca de 500 mulheres. “Criamos oficinas
 para trabalhar temas como geração de renda, empoderamento e o papel da mulher 
no debate sobre a comida de verdade.” Ela conta que, para participar mais ativamente 
do movimento de mulheres, teve que romper uma barreira na própria família. 
“Meu marido não entendia. Hoje, ele vê a importância e me incentiva. A mudança
 na relação de gênero tem que acontecer dentro de casa. Para você transformar
 alguém, você tem que se transformar primeiro.”

Ela defende que é preciso continuar com o debate sobre segurança alimentar e 
nutricional, mostrando o protagonismo das mulheres na causa. “Muitas pessoas
 pensam que a mulher só ajuda o homem no campo, mas não é bem assim. Elas 
hoje dominam o espaço.”

Promovido pelo Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea),
 com o apoio da Câmara Interministerial de Segurança Alimentar e Nutricional 
(Caisan), o encontro em Porto Alegre é preparatório para a 5ª Conferência 
Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional, marcada para novembro, 
com tema “Comida de verdade no campo e na cidade: por direitos e soberania alimentar”.

Informações sobre os programas do MDS:
0800-707-2003
mdspravoce.mds.gov.br 

Informações para a imprensa:
Ascom/MDS
(61) 2030-1021
www.mds.gov.br/saladeimprensa

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