segunda-feira, 13 de julho de 2015

Movimento dos Pequenos Agricultores faz encontro nacional em São Paulo

Na noite do último dia 8, o Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA), realizou o Ato de Lançamento Nacional do seu I Congresso, na Escola Nacional Florestan Fernandes em São Paulo. Além dos camponeses e camponesas de todo país, se fizeram presentes amigos e parceiros do movimento, como representantes da Confederação Nacional dos Metalúrgicos (CNM/CUT), Consulta Popular, Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), Federação Única dos Petroleiros (FUP), Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), Levante Popular da Juventude, Sindicatos dos Advogados, assim como, a mística, a música, os versos e a poesia das canções de Pedro Munhoz.
Os representantes das organizações que compuseram a mesa, fizeram questão de saudar ao I Congresso Nacional do MPA, bem como, deixaram sua mensagem de apoio, compromisso e construção do congresso, destacado a trajetória que o movimento tem feito até este momento. Como diz o presidente da CNM/CUT, Paulo Cayres, “essa aliança camponesa e operária não tem volta, não tem retrocesso”. Que aproveita para colocar a CNM/CUT a disposição e reforça, “pode ter o golpe, mas não sem resistência, pois a Classe Trabalhadora não formou covardes”, referindo a Aliança Camponesa e Operária.
Ricardo Gebrim, da Consulta Popular faz questão de destacar em seu discurso, “ao longo dos anos eu fui percebendo como MPA foi construíndo o resgate da luta camponesa e o resgate do conceito do campesinato”. Destacando a importante da construção do I Congresso do MPA nesse momento, por todo seu passado e por toda essa trajetória, “nesse momento temos que combinar a paciência histórica com nossa rebeldia”, afirma Gebrim.
Por sua vez, Gilberto Cervinski, da direção nacional do MAB, desta o quanto a prática social do MPA deixa de ensinamento, “eu participei dos espaços da Via Campesina e em vários espaços inclusive internacionais, assim como aqui no Brasil, onde o MPA tem um grande reconhecimento dos organizações do mundo e esse reconhecimento, tem duas coisas extremamente importantes, que é resgatar a identidade dos trabalhadores e trabalhadoras do campo nesse país, que é a identidade do Campesinato, e a segunda coisa que acho extremamente importante é retomar o papel social do campesinato, que é de produzir alimentos para o povo e para o mundo, que tem como sua função social a estratégica tarefa que os trabalhadores e trabalhadoras do campo possuem”, revela Cervinski, da direção nacional do MAB.
Rosana Fernandes, dirigente nacional do MST, reconhece a luta e a trajetória política do movimento, “o MPA é o movimento que na sua história pode ser reconhecido como os cuidadores e cuidadoras dos bens da natureza, especialmente das sementes, esse legado todos os movimentos sociais do campo brasileiro e mais adiante na história da humanidade, com certeza haverá esse reconhecimento, e nós, não poderíamos deixa-lo de fazer aqui neste momento”. Reforçando o grande desafio, proposto no grito de ordem do I Congresso Nacional que afirma a Aliança Camponesa e Operária, “é muita ousadia, dar passos nessa grande palavra de ordem”, revela Rosana que reforça a contribuição do MST para com o MPA.
A representante da Federação Única dos Petroleiros, Cibele Vieira revela, “estamos reivindicando uma cláusula para que todos os alimentos dos refeitórios da Petrobrás, sejam comprados da agricultura familiar”. Assim como, Carlos Duarte do Sindicato dos Advogados do Estado de São Paulo, e, Elida Lima do Levante Popular da Juventude, destacam a necessidade de diminuir a distância entre o campo e a cidade.
O evento que reuniu camponeses e camponesas, amigos e parceiros do MPA, sem sombra de dúvidas, foi de reafirmação das relações já estabelecidas que o MPA tem construído ao longo esses 20 anos de trajetória, somadas a Aliança Camponesa e Operária.

O I Congresso Nacional do MPA
O I Congresso Nacional do MPA será realizado de 12 a 16 de outubro em São Bernardo do Campo – São Paulo, onde espera-se receber 4 mil camponeses e camponesas de todo o país, convidados e parceiros do movimento. Com o tema “Plano Camponês, Aliança Camponesa e Operária por Soberania Alimentar”, o congresso consolida a aliança camponesa e operária.
A data do congresso contempla o dia Internacional da Soberania Alimentar, 16 de outubro. É importante destacar que já há algum tempo, o MPA tem adotado a semana que contempla o dia 16 de outubro, para a realização de sua Jornada Nacional de Lutas por Soberania Alimentar.

Por Comunicação MPA 

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